Pingos de aquarela rapidamente se transformam em frutas, que logo se tornam personagens carismáticos e cheios de cor, dançando na tela. Esse é o cenário de Abá e Sua Banda, uma animação que inova em sua produção e reúne grandes nomes nome como Zezé Mota e Rafael Infante no elenco.

Abá (Filipe Bragança) é o príncipe herdeiro do Reino de Pomar. Desde pequeno, ele sonha em ter uma banda junto do amigo gaiteiro Juca (Robson Nunes) e, assim, poder tocar no Festival da Primavera. Quando os dois conhecem Ana (Carol Valença), uma habilidosa baterista, parece que isso finalmente será possível. No entanto, o pai de Abá, o Rei Caxi (Mauro Ramos), precisa que o filho se dedique exclusivamente aos afazeres do reino, que vem sofrendo muito com a negligência da coroa. Contrariado, Abá foge, determinado a realizar seu sonho, mas acaba descobrindo que a vida fora do palácio guarda muito mais segredos do que ele imaginava.
Abá e Sua Banda é um longa que vai muito além de uma história musical. O filme tem um pouco de tudo: drama, comédia, aventura, ficção, é uma fábula muito bem estruturada. Começando pela composição dos personagens e do cenário: um reino povoado por habitantes-fruta que vibra com cores e diversidade. Além da qualidade artística da obra, o roteiro, escrito por Silvia Fraiha e Sylvio Gonçalves, também se destaca, trazendo elementos que, à primeira vista, são comuns na narrativa de filmes, mas com um sabor a mais, enriquecido por nomes, expressões e características inspiradas em frutas.

Se isso não bastasse para prender a atenção, a história oferece um relato de descoberta, empatia, que ilustra a saída da infância para novas responsabilidades, o papel que cada um desempenha e o que é possível fazer, ou impedir que seja feito, para melhorar não só a própria vida como a vida daqueles que compartilham o mesmo “reino”.
Divirta-se com esse novo filme deliciosamente brasileiro que celebra a diversidade e a arte como grandes agentes de transformação.




