Alice no Paí­s das Maravilhas

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Tim Burton re-imagina o conto clássico de Lewis Carroll, em "Alice no Paí­s das Maravilhas"

Quando se fala da experiência 3D atual, não se pode deixar de fora Avatar e agora, com certeza, Alice no País das Maravilhas.

O diretor Tim Burton re-imaginou o conto clássico de Lewis Carroll, de forma que alguns puristas poderão ficar de fora. Mas a históiria que ele apresenta, com uma Alice mais velha, é envolvente e divertida. Com isso o visual da paisagem pela qual ela viaja é repleto de cor, magia e esplendor.

Nas frequentes adaptações sempre se deixa de lado o essencial da obra de Carroll, que ela é sobre crescimento, o que implica em algumas experiências escuras e bizarras. Destilando isso do conto original, Burton presenteia a plateia com esses momentos escuros e fantasiosos, mesclando o material original com ideias modernas que provêm obviamente da genialidade desse cineasta icônico.

Como Alice, Mia Wasikowska está perfeita, capturando dessa forma o seu senso de inocência. Ela é uma garota diferente do grupo vitoriano normal, fora de sintonia com seu par, que prefere dar asas a sua imaginação a uma dança em um baile de noivado (o seu!). Quando é distraída por um coelho branco com um relógio de bolso, o segue. É então que Alice cai na famosa toca do coelho e sua aventura no País das Maravilhas começa.

Os personagens digitais são tão vividos que parecem atores no filme. O gato de Cheshire e a Lagarta são excepcionais, Matt Lucas e seus Tweedledee e Tweedledum também.

Mas a escolha mais acertada do cineasta, sempre, é sua dupla recorrente de atores, Johnny Depp e Helena Bonham-Carter, o Chapeleiro Louco e a Rainha Vermelha, respectivamente. Enquanto o primeiro ganha mais atenção do que suas encarnações anteriores e usa de um olhar a là  Willy Wonka, a segunda rouba a cena com sua verbosidade hilariante.

Não mais Wonderland (País das Maravilhas), mas sim Underland (Mundo Subterrâneo), o qual Alice visitara alguns anos antes, esse mundo fantástico deteriorou-se sobre o reinado de terror da Rainha Vermelha. Cabe a Alice, ao lado da pacífica, porem um tanto estranha, Rainha Branca (Anne Hathaway) colocar as coisas no lugar.

Com ponto falho apenas na música pop de Avril Lavigne nos créditos finais, o filme devia vir rotulado, assim como os bolinhos que Alice come ao longo dele, com uma plaqueta de “Assista-me”, pela sua extravagância e visual estarrecedor.

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