Ato Final

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"Ato Final": documentário revela a crueldade da violência contra a mulher no Brasil e instiga mudanças urgentes

No Brasil, todos os dias, quatro mulheres são mortas por seus parceiros. Outras nove são agredidas a cada minuto.

Esse é um spoiler nada agradável e que não é segredo pra ninguém que aparece ao final do documentário brasileiro Ato final, que estreia pertinho do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que é dia 25 de novembro.

O documentário trabalha de maneira bem visceral a violência contra a mulher, e de maneira nada convencional. Intercalado com depoimentos de mulheres reais que viveram a violência de seus parceiros na pele, acompanhamos três atrizes revisitando as experiências de violência contra a mulher durante um mês de muitas conversas, reflexões e interpretações bastante doídas.

Eu acompanho o noticiário todos os dias, e parece que cada dia essa situação piora mais. Mulheres estão avançando em diversas áreas, ocupando lugares jamais ocupados, tornando-se pedreiras, pilotas, presidentas e o que imaginarem, até barbies. Mas parece que não conseguimos acabar com a tradição machista de mulher-propriedade, e muitas mulheres seguem passando por situações inomináveis.

Mas com a informação cada vez mais disseminada, com mais mulheres falando aos quatro ventos sobre suas experiências e apoiando as mulheres que sentem que não conseguem sair de um relacionamento abusivo, vamos começar a mudar as coisas. E quem sabe as futuras gerações não vejam mais notícias sobre homens que matam mulheres.

Esse documentário incrível cumpre um papel essencial. Corre conferir, leva sua irmã, mãe, tia, vizinha. A colega do trabalho, a conhecida do bairro, a menina da igreja. E se puder, leva também o marido, o filho, o sobrinho. Precisamos de mudanças pra ontem.

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