Cherry: Inocência Perdida

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Guerra, amor e drogas é o que você irá encontrar em "Cherry: Inocência Perdida"

Depois de trabalhar em um projeto do tamanho de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato nada melhor do que dar um passo atrás e trabalhar em um projeto menor, mais intimista. Foi isso que fizeram os Irmãos Russo, diretores dos sucessos da Marvel, trazendo ainda Tom Holland (o Homem-Aranha) para a empreitada.

No filme, um ex-médico do exército sofre de transtorno pós-traumático após retornar do Iraque. Ao tentar lidar com a doença, ele acaba virando um assaltante de bancos para sustentar o seu vício em drogas.

Tom Holland não precisa provar nada a ninguém no quesito atuação. Desde pequeno, em O Impossível o astro já roubava a cena. Em Cherry: Inocência Perdida ele volta a atuar em um filme “sério” e mostra que seu futuro não depende unicamente do papel de Homem-Aranha na Casa das Ideias.

Há muito acontecendo no filme, autobiografia escrita pelo ex-soldado Nico Walker dentro da prisão. Ao longo das quase duas horas e meia de duração, o filme acompanha vários anos turbulentos da vida de Nico.

Dividido em capítulos, o filme parece uma colagem de diferentes filmes dentro dele mesmo. um romance colegial, um filme de guerra, um drama sobre drogas, um thriller de roubo e um filme de prisão. Cada capítulo é diferente entre si, mas a estrutura dá uma sensação de falta de foco.

Apesar da temática bastante adulta, os Irmãos Russo trazem um tom de conto de fadas, misturando realismo com umas sacadas divertidas (como um banco chamado “O Banco”). Há como fazer alguns paralelos com o trabalho de Danny Boyle (Trainspotting), por exemplo.

Cherry entrega muito para se pensar, dentro da sua estrutura de capítulos. E nem tudo funciona. Mas só pelo desempenho de Holland e algumas escolhas de direção já tornam a empreitada minimamente interessante.

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