Viúva Negra

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"Viúva Negra" é mais corajoso e cheio de sentimentos do que esperávamos

Batman, um dos poucos super-heróis que não possuem superpoderes, pode ser um dos heróis mais populares da cultura pop. Muitos fãs de quadrinhos se identificam com sua humanidade, sonhando que poderiam ser ele (embora ele tenha, é claro, todos aqueles brinquedos caros para compensar). Natasha Romanoff, mais conhecida como Viúva Negra, compartilha da mesma situação. Ela foi treinada como uma espiã russa e luta tão perfeitamente bem quanto alguém poderoso – então ela também, em teoria, poderia ser você.

Apesar disso, o público ainda pode se perguntar o que exatamente eles verão a personagem fazer em Viúva Negra, novo filme do Universo Cinematográfico Marvel, depois de dois anos sem nenhum lançamento nos cinemas. Nas aparições de Scarlett Johansson no UCM até agora, desde Homem de Ferro 2, ela tem sido uma lutadora incrível vestida de um couro elegante e fazendo alguns movimentos bastante característicos. Por isso é uma pena que a personagem tenha demorado tanto para ser aprofundada em seu longa solo.

E algo que o filme de 2h15 não é, é cansativo. Ele é muito mais interessante e envolvente do que se poderia imaginar. No prólogo cheio de suspense, ambientado em Ohio em 1995, conhecemos Natasha (Ever Anderson, de Resident Evil 6: O Capítulo Final) quando ela tinha cerca de 13 anos, junto com Yelena, sua irmã mais nova (Violet McGraw, de A Maldição da Residência Hill). Em casa, a mãe das meninas (Rachel Weisz, de A Favorita) acaba de servir o jantar quando seu pai (David Harbor, de Stranger Things) chega com um olhar preocupado e diz que elas têm uma hora para abandonar a casa. Eles dirigem para o campo, onde um avião os espera em um hangar empoeirado, e com as autoridades atirando no avião, eles fogem, e chegando ao destino ambas as meninas recebem uma droga e são levadas embora.

Seus pais, ao que parece, são espiões russos disfarçados, e toda a “família” foi planejada e montada, vivendo juntos por três anos. As meninas são entregues ao General Dreykov (Ray Winstone, de Os Infiltrados), um gênio do mal que as criará para fazer parte de seu exército de elite de Viúvas letais. Seu santuário de treinamento é a sinistra Sala Vermelha.

Encontramos Natasha novamente apenas 21 anos depois, e ela está tentando juntar os pedaços de sua vida. O filme é ambientado após Capitão América: Guerra Civil (2016), quando os Vingadores se separaram e Natasha junta-se à facção liderada por Steve Rogers. No entanto, o filme não deixa de ser sobre a origem de Natasha – suas habilidades e sua identidade.

O longa apresenta cenas de ação o suficiente para dar ao público aquela sensação de fazer seu dinheiro valer a pena, mas a partir dos créditos de abertura, a maior parte do tempo ele tem um tom corajoso, obscuro e com ação apenas onde deve ter, o que é surpreendentemente – e intencionalmente – realista para uma fantasia como Viúva Negra. A diretora australiana Cate Shortland (Lore), trabalha o longa de uma forma e estabelece um clima de ansiedade oscilante e desconexa que está mais próximo do neorrealismo russo do que os irmãos Russo conseguiram em Capitão América 2: O Soldado Invernal.

O elenco de apoio é um grande destaque de Viúva Negra. Harbour tem uma atuação surpreendentemente convincente como um fanfarrão russo (uma versão russa do Capitão América). Weisz, como Melina, é mais ambígua, parte mãe, parte cientista. Mas é Florence Pugh, com sua Yelena, que chama real atenção podendo se tornar a nova Viúva Negra a partir daqui, dado o destino de Natasha em Vingadores: Ultimato.

Mas é Scarlett Johansson quem mantém a unidade do filme e dá a ele sua alma. O desejo de vingança da personagem é latente, mas também as suas feridas internas, e Johansson torna as emoções mais vulneráveis ​​parte da humanidade de sua força. Ela é uma força da natureza que precisa matar seu antigo mentor para derrotar seus próprios pesadelos.

O confronto dela com Dreykov leva a um final espetacular que evoca o clímax de queda livre de Capitão América 2: O Soldado Invernal. Viúva Negra, que dá início à Fase Quatro do UCM, e no processo, não parece o primeiro filme solo da personagem. Parece mais um capítulo perdido da história dela. Mas isso é bom, principalmente pelo tom “realista” adotado pelo longa. A maioria de nós já viu superpoderes suficientes para uma vida. Viúva Negra gira em torno dos poderes que vêm da alma da personagem que tanto amamos.

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Clique nos pôsteres para ler nossa crítica sobre o filme.

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