O novo filme do diretor mexicano Fernando Eimbcke, Club Sandwich, tem basicamente três personagens, a história é bastante singela e os diálogos são econômicos. Mas não se engane: o filme não é assim tão simples, não.
O filme acompanha mãe (Paloma) e filho (Héctor) durante suas férias. Conseguimos observar uma ligação muito forte entre dois, uma relação de parceria muito grande. E os limites desta relação acabam um pouco borrados, ainda mais que Héctor é um adolescente descobrindo a sexualidade. Quando achamos que a história vai descambar para um típico caso de Complexo de Édipo, quando de repente eis que surge Jazmín, uma garota um pouquinho mais velha que Héctor, mas tão curiosa quanto ele. Os dois de cara se dão muito bem, e começam a passar (ou tentar passar) tempo juntos. E Paloma? Sente-se ameaçada, e leva tempo pra entender o que está acontecendo.
Este filme é incrivelmente interessante e cheio de questões para serem analisadas e repensadas. O tipo de filme que te deixa cheio de perguntas e milhares de respostas. Ótimo! E o bom é que todas estas indagações e tal são levantadas em clima de quase-comédia (não, este não é um drama, não!). Mas não é bem o filme pra todo mundo. Por ser bem, tipo, contemplativo, com poucos diálogos mesmo (apesar de eu achar que contém o necessário), e cenas longas e sem muitas coisa acontecendo, eu conheço muita gente que dormiria numa sessão deste filme. Jamais levaria minha irmão pra ver este filme 😀
Mas vale a pena. Vai dar uma conferida este final de semana, e se curtir, aproveita pra ver também Temporada de patos (2004), filme de estreia do diretor.
Club Sandwich
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