Deixa Ela Entrar

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"Deixa Ela Entrar" é tudo que "Crepúsculo" queria ser, mas jamais será

Você seria perdoado se, ao ler a sinopse de Deixa Ela Entrar, resolvesse não assistir ao filme. Afinal, um drama romântico sobre a relação entre um garoto e uma garota, sendo que um deles é um vampiro, não é nada diferente do que se pode encontrar em Crepúsculo.

Mas não se preocupe, o filme passa longe da tão comentada série adolescente idiota. Na verdade, é tudo que Crepúsculo queria ser, mas não foi: ele é bonito de se ver, dolorosamente romântico, envolvente de forma emocional e inesperadamente terrível.

Adaptado por John Ajvide Lindqvist, de seu próprio romance, o longa conta a história de Oskar, um garoto de 12 anos que vive no subúrbio de Estocolmo e é frequentemente intimidado na escola. Enquanto sonha ser forte para enfrentar seus inimigos acaba por conhecer Eli.

Eli e Oskar se encontram no pátio do prédio em que são vizinhos. Ela não veste um casaco e aparentemente sequer sente a temperatura abaixo de zero. Ela tem olhos tristes, parece um pouco suja, porém é mais suave e sedutora do qualquer outro colega do menino.

Eli diz que Oskar deve confrontar os seus medos, atacar aqueles que querem atacá-lo, de forma mais dura e impiedosa do que eles. Oskar é atraído por ela. A coisa é, como ele aprende gradualmente, que ela é atraída para o sangue.

Se os efeitos não são hollywoodianos e o longa não é cheio de sustos e viradas mirabolantes, não quer dizer que o filme seja ruim. Pelo contrário. A graça e sensibilidade estão na forma como o diretor enfatiza a história de amor em seu centro.

Deixa Ela Entrar é totalmente distinto de outros filmes de vampiros, e talvez mais atraente para adultos do que adolescentes bobinhos em busca de sangue e mortes assustadoras. E como muitas obras memoráveis parece ter surgido do nada. Uma grata surpresa para ver e se apaixonar.

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