“Lily Blossom Bloom é uma jovem adulta buscando uma nova vida quando se muda para Boston com a intenção de ter sua própria floricultura. Meses após conhecer quem ela pensa ser o seu grande amor, sua vida declina gradualmente até um ponto sem retorno.”
É Assim que Acaba é uma história de recomeços após recomeços, traumas que fortalecem, que adormecem, que machucam, e sobretudo, um drama sobre superação, com várias lições sobre isso ao longo da trama.
“O que você faria se um dia essa garotinha te olhasse e dissesse: Pai, meu namorado bateu em mim. O que você diria a ela, Ryle?”
Ao meu ver os principais pontos principais da obra são sobretudo em relação a fotografia, e a atuação, que entregam na medida o que os personagens e as situações em que eles estão envolvidos necessitam.
A fotografia e direção de arte tornam o filme visualmente lindo, o que ajuda bastante na imersão do espectador que vai sentir vontade de morar dentro dele.
Blake Lively está impecável como Lily Bloom, transmitindo muito bem todas as nuances de sua personagem, assim como as emoções nos vários níveis em que a história pede. A presença de Jenny Slate (Allysa) é surreal, chegando a apagar todos os outros coadjuvantes. Brandon Sklenar é incrivelmente sério e tenaz como Atlas Corrigan. Isabela Ferrer não deixa o nível cair ao interpretar a versão jovem de Lily, praticamente encarnando Blake Lively em cada trejeito e maneira de falar. E finalizando, Justin Baldoni, o também diretor do projeto, interpreta de maneira satisfatória Ryle Kincaid.
Já os pontos negativos que percebi ao longo da sessão são direcionados principalmente ao roteiro e direção.
Tenta-se criar um ponto de dúvida para o espectador, que simplesmente não acontece, primeiramente mostrando as situações como acidentes, e mais tarde às mostrando como atitudes sérias e deliberadas, reforçando elas em um diálogo ao final do filme. Além disso, a seriedade do tema não condiz com a condução demonstrada na telona, e o que me pareceu é que o assunto fora tratado de maneira rasa e aguada.
Devido às escolhas feitas, o produto final ficou bastante picotado (do início ao fim da história se passando alguns anos), porém sem uma passagem de tempo muito bem definida, também promovendo lacunas que fazem o espectador pensar o que aconteceu em todo aquele tempo, e o que poderíamos ter vivenciado junto ao filme.
Os personagens principais e suas relações instantâneas surgem do nada, chame-as de mágicas, chame-as de fantasiosas, elas são pouco relacionáveis, e dificilmente aconteceriam na vida real.
Pesando bem os prós e contras, acredito que 2,5 de 5 está a altura de “É assim que Acaba”o filme.
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