Embarque Imediato

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"Embarque Imediato" é uma opção para dar algumas poucas risadas, sem pensar muito a respeito

“Embarque Imediato”, filme com produção de Juliana de Carvalho e Marcelo Florião, com direção de Allan Fiterman, começa muito bem. As cenas iniciais, os enquadramentos a trilha e os cortes dão a falsa sensação de que estamos por iniciar uma saborosa viagem por uma história hilariante. O que cai por terra logo no começo.

A história é sobre uma equipe de funcionários de um aeroporto, mais precisamente sobre Wagner (Jonathan Haagensen) que tem o sonho de morar em Nova York. Para isso, Wagner tenta embarcar sem passagem em um vôo para NY quando é impedido por Justina (Marília Pêra). A partir daí é só ladeira abaixo.

Roteiros são em grande parte das comédias brasileiras os pontos fracos nas produções, o que é desculpa para diálogos que não convencem pela superficialidade e pela má entonação do texto. Marília e José Wilker estão ótimos, apesar de estarem um pouco exagerados, e se tornam o único motivo para se conseguir assistir o filme até o fim.

A trilha estava realmente destoante do filme e tentava dar uma dramaticidade-cômica-latina de colonização espanhola que todos sabemos é quase nula no Brasil. O tango eletrônico a lá Gotan Project fez com que gerasse a dúvida sobre porque os americanos acham que a capital do Brasil é Buenos Aires.

É um filme confuso, principalmente em uma época em que a produção nacional passa por uma fase tão boa. Filmes como “Feliz Natal”, “À deriva” e “O Contador de Histórias” mostram a grande capacidade da indústria cinematográfica nacional.

Como para mim mais vale um filme visto (mesmo que não seja “O” filme), do que um não visto: é uma opção para dar algumas poucas risadas. Sem pensar muito a respeito.

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