Olha, não gosto de ser estraga prazer e contar a história do filme, mas este não vou resistir… Veja se consegue montar o filme aí na sua cabeça: a história se passa em uma estação espacial. Um acidente/falha/defeito ocorre, que acaba possibilitando a contaminação por agente alienígena. Um pandemônio se instaura na estação espacial, com resultados catastróficos para a raça humana. Soa familiar? Pois é, esta é a estrutura básica do filme de ficção/terror: “Infectados”.
Bom, mas aí você comenta, “Ei, filmes de terror são assim também, com suas fórmulas infalíveis e seus sustos pré-fabricados”, mas ah… não é bem assim. “Infectados” precisava daquele algo a mais. Uma razão pra tudo que aconteceu, ou então algum detalhe diferente. Ou até mesmo um pouco mais de investimento pra fazer a cena inicial, que deixou muito claro ter sido feita com uma maquete de quinta categoria…
A história se passa na lua, em uma base de exploração de minérios. Quatro pessoas trabalham lá, incluindo Christian Slater, que é o coronel Gerard Brauchman. A ideia até é interessante, original. Depois de uma chuva de meteoros, que destrói parte da estação, uma parte do meteoro é coletada para análise. Hum… continue… está ficando bom. Mas aí descamba. Como o filme não tem um roteiro forte, não tem nada pra segurar a história, eles apelam: a trilha sonora está sempre te dando a impressão que vai acontecer alguma coisa. Sempre. Ei, espera lá – a regra não era usar isso pra gerar suspense? Não neste filme. Outra coisa crucial (#sqn): faça de conta que a plateia é burra e não vai entender nada. Como se faz isso? Fale. Muito. Explique tudo. Vire pra câmera e dê uma aula sobre “porque estamos correndo perigo”- para iniciantes.
Fora as apelações, os exageros e a panca toda de filme B, não sobra muita coisa. A atuação também está bem forçada. E o filme ainda deu trela pra uma continuação (vixe!!!).
Mas quer saber? Vá assistir. Odeio quando tem um filme de terror de quinta categoria passando no cinema e as pessoas ficam me desanimando com suas opiniões. Opinião é uma coisa muito pessoal. Então, #ficaadica: vá assistir e ver com seus próprios olhos. Vai ver você discorda de mim e gosta. Né?! 😉