Meu Novo Brinquedo

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"Meu Novo Brinquedo": a refilmagem que deixa a desejar

Dessa vez, infelizmente, o filme deveria ter ficado apenas com sua versão da década de 1970, já que a refilmagem não entrega muito mais do que o esperado.

Sami (Jamel Debbouze, de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain) é um homem que precisa desesperadamente encontrar um emprego, mas quando aceita ser vigia noturno na Galeria Lafayette, em Paris, não imagina no que realmente vai se meter. Em seu primeiro dia, um menino mimado, filho do homem mais rico do país, entra na loja munido da possibilidade de escolher o que quiser para seu presente de aniversário, e é claro que de todas as possibilidades, ele escolhe Sami. A partir desse momento, Sami o acompanha por alguns dias, e a vida dos dois é muito mais impactada do que esperavam.

O longa original é de 1976, mas os 47 anos que separam um filme do outro parecem ter tido pouco ou nenhum efeito na versão contemporânea. Se tirarmos o contexto tecnológico, as roupas e tudo mais que se desenvolveu, e são as óbvias mudanças, pouco sobra para sustentar a história, que tem a mesma mensagem e desfechos fáceis de serem adivinhados antes da metade do filme.

Há ainda uma questão que, atualmente, parece ter um peso maior do que a construção da trama e de todos os núcleos cinematográficos envolvidos: a esposa do personagem principal está grávida, já aos 8 meses, e ele parece completamente distante dessa realidade, como se não tivesse assimilado que o que ele vê não é apenas uma imagem, mas algo incrivelmente real, que vai mudar definitivamente a realidade dos dois. Essa seria uma ótima oportunidade para se explorar uma visão nova, algo que fosse além da comédia ou de uma cena de conexão com o filho ainda não nascido que dura apenas alguns minutos, mas não, a mesmice prevalece.

Vamos esperar que as próximas produções do diretor James Huth sejam diferentes, afinal, o cinema francês tem grandes exemplos a serem seguidos.

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