Minha Querida Dama é um filme sensÃvel, fácil de assistir, feito para um espectador maduro, desprovido de piadas bobas e emoções baratas.
Disto isto, tudo o que você terá ao encarar a “jornada” do filme são três performances impecáveis, e uma história simples e bem contada.
O cenário é Paris. O solitário Mathias Gold herda dos pai uma grande casa. Quando ele viaja à capital francesa para tomar posse do imóvel, descobre que o local é habitado por Mathilde, uma senhora de 90 anos de idade, sem pretensões de se mudar e amparada pela lei para ficar na residência. Ele gostaria de vender o apartamento, inicialmente, mas estes planos podem acabar bem diferentes do original.
Baseado em uma peça de teatro do escritor/diretor Israel Horovitz, que também dirige a adaptação, a maior parte da trama ocorre dentro do grandioso apartamento herdado por Mathias.
Kevin Kline consegue interpretar um Mathias realmente cabeça-dura e sua relação com Mathilde (a ótima Maggie Smith), engrandece o trabalho dos atores acrescentando um charme para a interpretação de ambos.
Enquanto isso, Kristin Scott Thomas, que interpreta a filha de Smith, entrega uma interpretação enérgica como uma mulher que tenta defender sua mãe e sua casa com unhas e dentes. E nessa trajetória, todos os três personagens são explorados a fundo e seus passados vêm à tona a fim de traçar seus respectivos futuros.
O grande trunfo é que Horovitz consegue minimizar com rapidez pequenos desconfortos que o filme pode causar ao espectador.
A grande lição do filme é que tentar encontrar algum culpado por nossos problemas nos prende no passado. E já que todos possuem falhas, talvez a melhor coisa a se fazer seja procurar pelas possibilidades que surgem em nosso futuro.
Nota:
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