O Amor Não Tira Férias

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“O Amor Não Tira Férias": uma troca de vidas, uma troca de corações

The Holiday, traduzido como O Amor Não Tira Férias, nos mostra o feriado entre Natal e Ano Novo vivido por duas mulheres desiludidas que resolvem trocar de casa uma com a outra.

As comédias românticas parecem todas iguais, pois seguem velhas fórmulas: um casal se conhece, se apaixona, se separa e fica junto no final, vulgo happy ending. Neste filme isto também acontece, porém há um diferencial: o talento dos protagonistas! Jude Law (ainda bem que é ele e não Hugh Grant, que não pôde aceitar o papel) revela seu lado mais charmoso e apaixonante, ele e Kate Winslet confirmam o talento inglês com excelentes atuações, Cameron Diaz e Jack Black não deixam barato e correm atrás, aliás, ouso dizer, que é a primeira vez que eu gosto dele atuando, em geral apenas suporto. Black, um compositor de trilhas sonoras, está mais contido, menos pedante, até porque, do quarteto principal, ele é o que menos aparece e quando aparece rende bons instantes, mesmo não havendo muita química entre ele e Kate.

Em compensação, Diaz e Law pegam fogo na tela quando estão juntos! Amanda Woods(Cameron Diaz), americana, mora em uma mansão em Los Angeles, com uma carreira promissora, mas deprimida por ter terminado o relacionamento com o personagem de Edward Burns. Já a inglesa Iris Simpkins (Kate Winslet) é redatora do Daily Telegraph de Londres, mora em um chalé britânico, está apaixonada por Jasper (Rufus Sewell) e ele como bom ‘alecrim dourado’ que é incentiva a paixonite, mas ela descobre da pior forma que ele irá se casar: na festa de Natal da firma, perante os colegas em comum.

Durante as festas natalinas as duas se conhecem num chat pela internet e decidem trocar de casas entre si. Ao se verem em países diferentes, percebem que tudo pode ser muito mais simples. Se questionam, mudam o ritmo de suas próprias vidas, e as diferenças de sotaque e de alguns aspectos culturais ganham novo contorno.

A música, conduzida pelo talentoso Hans Zimmer, deixa a comédia romântica um pouco acima da média. Também há bons momentos e algumas mensagens edificantes. Para todos nós esta época do ano é bem delicada, Natal e Ano Novo significam confraternizar com aqueles que amamos e fazer um balanço do ano que passou. Por isso, Meyers poderia aproveitar talentosos atores, como o veterano Eli Wallach (Boneca de Carne, de 1953), e Kate Winslet (que transforma Íris em uma mulher infinitamente real graças à sua caracterização sóbria) para se aprofundar e fazer uma narrativa mais intensa e menos clichê. Até porque o filme é extenso, 138 minutos.

Existem falhas no roteiro como o fato da personagem de Cameron Diaz que abandona tudo no fim de ano sendo esta a época mais conturbada em seu ramo de trabalho, a moça comete o pior dos erros. São detalhes que certamente não incomodarão a maior parte dos espectadores, mas que servem para ilustrar algumas das falhas. Mesmo assim é uma das melhores comédias românticas que já vi! Gostosa de assistir, e explora temas sobre auto descoberta, recomeços, sendo conhecida por suas cenas encantadoras e humor leve.

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