O Destino de Júpiter

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Os irmãos Wachowski são famosos por Matrix, uma ficção científica ambiciosa que não é limitada às regras da nossa realidade e ainda brinca com diversos conceitos filosóficos. Em O Destino de Júpiter, é perceptível a tentativa de inovar no gênero no qual eles se consagraram. Em vão!
O que falta em O Destino de Júpiter é, justamente, a falta de equilíbrio entre a criação deste universo fictício e uma trama na qual o expectador se envolva com os personagens que habitam este mundo. O filme se mostra vazio e incompleto.
Na trama, há empresas galácticas que investem em mundos, há legiões de soldados mutantes e há, também, burocratas galácticos que te fazem esperar em filas intermináveis para que você resolva sua situação na galáxia. Mas o que poderia ser um mundo denso, interessante, estranho e engraçado, se torna um filme que se perde num emaranhado de situações desconexas e desinteressantes.
O encontro do “mundo real” com a “ficção” é o pior ponto no filme. Seu trio de vilões, cujo principal é Eddie Redmayne (indicado ao Oscar por A Teoria de Tudo), tem motivações implausíveis e seus rompantes se tornam afetados e ridículos.
A parte técnica, como deveria ser, é invejável. Mas isto nunca foi garantia de qualidade cinematográfica! Em tempos nos quais Hollywood não investe em longas originais, é inconcebível que O Destino de Júpiter tenha saído do papel.

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