O Dia da Posse

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"O Dia da Posse": Sonhos, realidade e isolamento na perspectiva de um jovem

Quantas coisas aconteceram durante a pandemia do coronavírus? Quantas não aconteceram? O documentário O Dia da Posse revela, em uma narrativa parte fictícia e parte real, um pouco do significado desse momento sob diferentes perspectivas.

Brendo é um jovem que não se limita: ele sonha alto e constantemente. Quer ser presidente do Brasil e, até que esse dia chegue, compartilha sua rotina em meio à pandemia: encontros virtuais, discussões com o grupo da faculdade de direito, novas receitas que aprende, e outras atividades em que se envolve.

O Dia da Posse é, essencialmente, o retrato íntimo de um momento de isolamento. Por meio de uma filmagem propositalmente caseira (até porque não havia como ser diferente), o documentário transforma o comum em algo relevante, embora a linha entre o que se destaca e o que permanece simples seja extremamente tênue.

Ao assistir, o espectador se verá curioso para saber mais sobre o personagem. Mas, cada vez que ele revela mais um pouco de sua vida, essa curiosidade é saciada sem grande impacto. Sim, temos a particularidade do momento, que na época drenou qualquer resquício de encanto, mas não de esperança, nunca. Em muitos casos, não é preciso algo extraordinário na trama, mas aqui essa ausência se faz sentir, deixando um ar mais próximo de um vídeo casual do que de um documentário.

Para os fãs de enredos que misturam realidade com uma dose de reality show, O Dia da Posse é um prato cheio. Distribuído pela Embaúba Filmes, o documentário cativa de maneira semelhante às histórias cotidianas de nossos conhecidos, gerando uma conexão imediata. No entanto, essa ligação não vai muito além disso, deixando o espectador interessado, mas sem o encantamento que um mergulho mais profundo poderia proporcionar.

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