O português Joaquim Almeida e o brasileiro José Wilker duelam verbalmente no longa adaptado do livro de Jorge Amado “Os Velhos Marinheiros ou o Capitão de Longo Curso”.
“O Duelo” começa com a chegada do Comandante Aragão à pacata cidadezinha de Periperi. O referido Comandande conquista os moradores com suas “estórias de pescador”. Querido e totalmente adaptado ao local onde decide passar o resto de sua vida Vasco Moscoso de Aragão (Almeida) se vê em apuros quando Seu Chico Pacheco (Wilker), até então o morador que atraia as atenções dos puxa-sacos de plantão, retorna à cidade e se dá conta que está perdendo seu reinado para um obscuro Capitão.
Desconfiado, Seu Chico, resolve investigar a vida do dito cujo. E descobre um passado totalmente diferente daquele que o impostor narra aos deslumbrados cidadãos da litorânea Periperi. Retorna então à localidade fazendo alarde das falcatruas do Sr. Aragãozinho. Mas não convence totalmente que sua versão dos fatos é verdadeira. Aragão é posto a prova!
Como todo romance de Jorge Amado, embora o roteiro não seja fidedigno ao livro, o desenrolar do filme vai ativando a imaginação do expectador de forma simples e despretensiosa.
A comédia é fácil de se assistir. A trama propicia bom humor e interessa até seu desfecho inusitado. Não é excelente, mas um bom divertimento orgânico.
Sendo o último longa de José Wilker, deixa uma doce lembrança do ator que encarna muito bem o papel de opositor ao protagonista. Quanto menos expectativa tiver, mais satisfeito ficará o expectador.
É singelo, é suave, e atrai a nossa atenção tranquilamente. Traz participações importantes de Tainá Müller (belíssima, por sinal!), Patrícia Pillar, Cláudia Raia, Márcio Garcia, Maurício Gonçalves, Milton Gonçalves e Castrinho (este, ao meu ver, impagável! Embora tenha feito apenas uma pontinha).
Nada mal para um projeto de baixo custo que consegue arrebatar risadas sinceras de todos que assistiram.
O Duelo
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