O Primeiro Natal do Mundo

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"O Primeiro Natal do Mundo": Uma comédia brasileira que desconstrói as tradições natalinas

Unicórnios vomitando arco-íris. Muita cor, felicidade, músicas, família. Meu marido desistiu do filme nos primeiros 15 minutos porque tava passando mal. Então aviso, caro amigo e amiga amante de bons filmes de Natal: esse incrível filme brasileiro de Natal não é pra todo mundo, é pros fortes, praqueles que maratonam filmes de Natal, como eu e você. Então manda a tristeza pra lá, abraça um bom clichê e vem curtir essa comédia pastelão a-do-rá-vel de Natal, brasileiríssima, especial, que você vai amar 🎁

Na história, uma família fofa recém-formada vai passar o Natal pela primeira vez: Tina (Ingrid Guimarães) e os filhos Arthur e Gael, e Pepê (Lázaro Ramos) e as filhas Nanda e Maju. Entre encrencas normais de família, a menina Maju deseja que o Natal desaparecesse. E não é que acontece? Como a família é a única que se lembra do Natal, e o mundo se tornou um lugar horrível sem ele, eles se esforçam com planos mirabolantes pra recuperar a magia natalina, que envolve inclusive fazer uma campanha para a loja da empresária mercenária Silvana (Fabiana Karla).

Achei a ideia bem criativa, e assistir a família se desdobrando pra recuperar o Natal, mesmo que alguns membros não liguem muito pra data, como Tina, no final a família toda trabalha junta. E entre muitos tropeços divertidos, com a cidade do Rio de Janeiro como pano de fundo, e momentos que vão te arrancar lágrimas, você vai curtir essa comédia super brasileira de Natal.

E aqui acho que vale falar um pouco sobre isso. Natal, como muitos feriados do nosso calendário, é uma data super comercial que foi importada e muito bem recebida em terras tupiniquins (alô, chatos de plantão que reclamam do Halloween!!!), com um velho barbudo usando uma roupa totalmente desproporcional pro nosso verão, com boneco de neve no quintal e algodão na árvore pra simular neve. No mínimo risível, mas tradição é tradição, como fala Pepê no filme? E por quê, no final, a gente se pergunta? E amei ver o filme brincando com essas coisas, tentando desconstruir um pouco tudo isso, tirando sarro dessas tradições e, ao final, como não existem mais os itens tradicionais de Natal, criando novos, juntos, como família.

Ai, amei esse filme, socorro. Corre ver!

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