Bill Murray e filme de Natal? Sim, vai estar tendo! Em um clássico de Natal, mais precisamente uma comédia-dramática-romântica-natalina que você vai amar.
O filme, como tantos outros, é baseado na obra de Charles Dickens, Um Conto de Natal, que retrata o velho Scrooge sendo visitado por três fantasmas de Natal: o passado, o presente e o futuro. Tirando essa parte da jogada, agora entra Bill Murray, pra dar uma apimentada no filme. Diferente da história de Dickens, Frank Cross (Murray) é jovem, inclusive ele fala no começo do filme que é o mais jovem executivo de uma rede de televisão. E com certeza chegou lá colocando o trabalho acima de tudo (trabalhe enquanto eles dormem!), inclusive de Claire (Karen Allen), por quem ainda é apaixonado, depois de tantos anos sem ter notícias.
E o cara é mau, egoísta, sovina e tudo o mais, como Scrooge. E está sozinho, e vai passar sozinho a noite de Natal. Quer dizer, como ele só pensa em números para a rede de TV para a qual trabalha, a IBC, ele vai fazer um especial ao vivo na noite de Natal – ou seja, fazer todo mundo trabalhar na noite em que as pessoas querem estar com seus familiares e amigos.
Mas Frank não liga pra isso, ele não liga pro Natal, não tem amigos, e não liga pra família. E é bem por isso que uma noite antes da noite de Natal, ele é visitado pelo fantasma do chefe que morreu de ataque cardíaco 7 anos antes, seu ídolo, aconselhando que ele precisa mudar. E avisando que ele vai ser visitado por três fantasmas nos próximos dias.
É divertidíssimo ver Murray se enfiar em muitas confusões, pois o timing dele de comédia é o melhor. E, como todo bom filme de Natal, nos emocionamos com as tentativas dele de não se deixar afetar por seu passado, suas escolhas e os caminhos que o levaram até onde ele se encontra na vida: sem saber o que quer nem para onde ir, sozinho e fingindo que não liga.
Como filmes de Natal com personagens que passam por uma transformação são nossos preferidos – pelo menos é para mim, querido leitor! -, esse aqui vai aquecer seu coraçãozinho gelado nessa contagem regressiva para o Natal. Quero ver se você não vai cantar com Murray, ao final, aos brados. Quero ver 😀