Os Últimos Parisienses

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Hamé Bourokba e Ekoué Labitey fazem um cinema cheio de personalidade com "Os Últimos Parisienses"

Um rapaz decide revelar para seu irmão que está gostando de uma menina que os dois conheceram recentemente. Para sua surpresa, o irmão também está interessado nela e eles irão travar uma silenciosa guerra pelo coração da moça. Essa é a sinopse de Os Últimos Parisienses e por ela você pode ter a noção de que já viu esse filme. Não viu!

A abordagem dada pelos diretores Hamé Bourokba e Ekoué Labitey é bastante autoral e única. Eles retratam a própria vizinhança com um toque muito especial, de quem conhece. A cidade, sua noite, seus bares e pequenos mafiosos, são retratados fielmente à realidade.

Não dá para dizer que Os Últimos Parisienses só tenha influencias francesas. Embora o filme não tenha toda aquela coisa de armas, perseguições desenfreadas ou drogas, e os personagens estejam completamente enraizados na realidade urbana, o filme não deixa de ter influências americanas na sua constituição.

Esse mix de influências americanas unidas à simplicidade cotidiana dos personagens de Os Últimos Parisienses faz do longa algo que exala personalidade, mesmo que alguns possam achar chato ou talvez torçam o nariz para o drama.

Hamé e Ekoué são honestos e não embelezam a realidade que querem mostrar. E as discussões que mostram são bastante interessantes sobre imigração e a integração desses imigrantes com a população francesa. Os diretores tecem uma discussão que vai muito além do que o filme deixa ver inicialmente. Uma boa pedida dentro da 8ª edição do My French Film Festival.

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