Poltergeist: O Fenômeno

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“Poltergeist: O Fenômeno” o medo e o encanto beirando a perfeição, uma joia rara da década de 1980

Quando o filme foi lançado em 1982 nos EUA eu tinha 3 anos e fui assistir apenas em 1986 quando a Globo exibiu o filme pela primeira vez na TV brasileira no extinto SuperCine. Eu, no auge dos meus 7 anos de idade, não estava nada preparado para ver um dos filmes que mais aterrorizaria minha infância e se tornaria o início de um amor sem fim pelo medo, o sobrenatural, o terror em toda sua forma.

Para os mais novos o filme não vai funcionar tão bem. A imersão na história não será completa porque hoje temos diversos streamings e TV a Cabo, ou seja, programação na TV, no PC ou celular 24 horas por dia, 7 dias por semana. Mas na década de 1980 e início de 1990 a programação da TV era limitada, por volta das 2 ou 3 horas da manhã a programação “saia do ar” e se a TV ficasse ligada porque você dormiu assistindo algo ela ficava com a tela toda “chuviscada” e fazendo um barulho estranho. Depois vieram as telas azuis e agora programação “infinita” então vocês estão salvos do Poltergeist rs

Um filme com Tobe Hooper e Steven Spielberg tinha tudo para se tornar um dos filmes mais espetaculares já feitos até hoje, do começo ao fim o filme é perfeito. A história é simples, mas o simples nas mãos de pessoas geniais se torna algo maravilhoso e eterno.

O filme já começa no 220V e não para um segundo. Logo na primeira cena ouvimos o hino nacional dos EUA e a TV pronta para sair do ar e os malditos chuviscos aparecerem, até então eu não tinha medo deles rs, temos uma visão do pai dormindo na sala e a câmera sobe para os quartos para mostrar que o resto da família toda está dormindo em paz, paz essa que acabará em questão de segundos.

Mesmo o filme sendo de 1982 os efeitos visuais continuam perfeitos, envelheceram super bem. Todos eles em todas as cenas, tanto os feitos por computador como os efeitos práticos, ahhhh os efeitos práticos perfeitos e lindos como sempre, já falei que amo essa técnica né? Enfim, de volta ao filme…

As manifestações na casa começam aos poucos, no início é tudo engraçadinho, curioso, divertido até que a coisa começa a ficar um pouco mais intensa e física. A felicidade dos personagens vai sumindo aos poucos e o pânico e o medo vão se instalando em todos.
A forma como tudo que acontece é mostrada no filme foi incrível porque você vai sofrendo junto com a família sem saber o que realmente está acontecendo e quando a ajuda chega fica pior ainda e quando assistirem o filme vão entender o porquê.

Esse filme marcou tanto a minha infância com suas cenas inesquecíveis que elas ficaram pra sempre na minha memória, foi nele que aprendi a contar entre o relâmpago e o trovão para ver se a tempestade está passando ou piorando, a cena da piscina é fantástica, a da árvore é incrível, a cena com o palhaço debaixo da cama me fez por alguns meses quando eu acordava de madrugada para ir no banho ficar em pé na cama e pular o mais longe possível dela e na volta também, correr e praticamente voar para a cama sem chegar perto dela com medo daquele maldito palhaço demoníaco me pegar, ahhhh memórias tão lindas de uma infância feliz!

Em 1986 o filme ganhou uma sequência chamada Poltergeist II: O Outro Lado e dois anos depois em 1988 o terceiro chamado Poltergeist III: O Capítulo Final, finalizando a trilogia, as duas sequências são muito boas, muito mesmo, não são perfeitas como o primeiro filme, mas vale muito a pena conferir a trilogia toda. O primeiro tem na HBOMAX e as duas sequências na Prime Video. Em 2015 a maldição das refilmagens atingiu esse clássico também, o filme de 2015 tem o mesmo nome do original de 1982 e eu não sei onde tem disponível (sei sim só tô sendo birrento rs, tem pra alugar na AppleTV+ e na Prime Video) e eu queria que ele não existisse porque é péssimo, sério, é ruim demais.

Esse foi mais um dos filmes que marcou muito minha infância e foi moldando meu gosto pelo terror, espero que quem já tenha assistido tenha lembranças tão boas quanto eu e que quem nunca viu veja, vale muito a pena.

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