Psicose

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"Psicose": intriga e genialidade hitchcockiana

Hoje começamos uma contagem regressiva muito especial, nos preparando para a melhor noite do ano: o Halloween! Se bem que hoje em dia transformamos o mês de outubro no mês do Halloween e assistimos filmes de terror todas as noites para celebrar essa época!

Pois bem, hoje é o primeiro dia desse mês especial, e faltam 31 dias para a noite mais aguardada do ano. Então bora contar os dias com filmes especiais na opinião dos terroristas do Quadro por Quadro? Bora!

Que tal falarmos de nada menos que o filme de terror mais foda na minha humilde opinião? Sim, é ele: “Psicose”, do mestre Alfred Hitchcock.

Mas com tudo que eu e você já assistimos em termos de filmes de terror até este momento, fica complicado dizer que Psicose dá medo. Mas ele tem muitos motivos para ser um dos filmes de terror mais incríveis já feitos e constar em muitas listas de melhores filmes de terror de todos os tempos. Mas para examiná-lo de maneira correta, e colocá-lo onde ele merece, precisamos avaliá-lo com os olhos da década de 1960. Topa?

Atenção se você nunca viu o filme: vão rolar spoilers, então não leia mais nada e vá assistir o filme, disponível em streaming. Corre!

Eu tô avisando, depois não reclama, vai ter spoilers!

Mas é de leve, olha só: a mocinha morre nos primeiros 20 minutos do filme. Duvido que você já não tenha visto a famosa cena do chuveiro, com a cara de espanto da Janet Leigh. Eu tenho uma camiseta com esse spoiler, gente!

Se hoje matar a mocinha no começo do filme é impensável, imagina na década de 1960? É, pois é! E por isso e outros detalhes do desfecho do filme que o Hitchcock fez uma brilhante campanha de marketing anunciando que era proibido chegar atrasado na sessão. Inclusive, se o filme já tivesse começado, ninguém entrava. Isso era novidade na época, pois as pessoas entravam e saíam a hora que quisessem. E o brilhante filme de Hitchcock ficaria super comprometido com isso se ele não tivesse educado as audiências.

E também tem a escolha de gravar em preto e branco. Vale dizer que o diretor colocou dinheiro próprio para fazer o filme, então isso conta bastante… aí ele aproveitou o time de seu show de tv “Alfred Hitchcock Apresenta” (barato) e fez o filme em preto e branco, alegando ser uma opção estética (barato). Pode ser, tenho minhas dúvidas, mas o importante é que deu certo e ele ganhou indicações para o Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte (apesar de não levar a estatueta pra casa em nenhuma das 4 indicações – também indicado para Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Diretor – aqui uma das maiores injustiças de Hollywood).

Ah, não posso deixar de mencionar a trilha sonora do incrível compositor Bernard Herrmann, parceiraço de Hitchcock. Tanto que ele ignorou o que o diretor falou sobre não querer trilha sonora na cena do chuveiro e compôs a famosa trilha com violinos. E quando o diretor ouviu, ele curtiu tanto quanto a gente!

Gente, tem tanta coisa pra falar sobre esse filme que é impossível ter tudo em uma singela resenha. Mas vale reforçar que plateias corriam pelos corredores dos cinemas com medo, faziam filas enormes fora dos cinemas para ver o filme e conta a lenda que várias pessoas ficaram com medo de chuveiros por um bom tempo. Hoje arrisco dizer que você não vai sentir medo, mas vai com certeza amar os detalhes incríveis desse filme do mestre do suspense 😍

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