A Série Divergente: Insurgente

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Pera aí: Vamos recapitular! É esta a série distópica infanto-juvenil em que os adolescentes são presos em uma arena de jogos olímpicos para matarem um ao outro ou é a série sobre as crianças presas em um labirinto tentando escapar a todo custo?
Nenhuma das opções! “Insurgente” é a segunda parte da série distópica na qual adolescentes são divididos em facções e têm de se adaptar ao sistema vigente escolhido pelos adultos. Mas não há surpresa alguma se parecer um pouco confuso para quem não acompanha todas estas séries com afinco.
Afinal, quantos cenários ruins podem existir no futuro da humanidade?
Aparentemente, muitos. O taciturno gênero, desde o lançamento do primeiro “Jogos Vorazes”, já fez milhões ao redor do mundo. Mas, ao contrário dos velhos tempos de Isaac Asimov, George Orwell e Aldous Huxley, em que suas tramas eram ricas, cheias de possibilidades, esses novos contos preveem um futuro sombrio arruinado pelos adultos.
Nem em termos de literatura, muito menos nos cinemas, “A Série Divergente” é melhor do que “Jogos Vorazes”, apesar de sua heroína ter mais falhas e questionamentos mais aprofundados.
A protagonista é Tris, interpretada por Shailene Woodley (de “A Culpa é das Estrelas”). No primeiro, descobrimos que ela é uma “divergente” — alguém cuja personalidade complexa a impedia de se encaixar em apenas uma das castas definidas pela sociedade daquela possibilidade de mundo (abnegação, amizade, audácia, franqueza e erudição). Isso a torna um perigo para o sistema governado por Jeanine Matthews (Kate Winslet).
Neste segundo longa, Tris continua na corrida contra o sistema, junto com seu par ‘Quatro’ (Theo James). Woodley está forçadamente sofredora em seu papel, enquanto Kate Winslet está no piloto automático e o restante do elenco não fede nem cheira, com o perdão do trocadilho!
O diretor Robert Schwentke não faz um bom trabalho definindo as facções. Ele joga o expectador de um lado pro outro, tentando apenas nos situar com o figurino e locações, sem grandes diferenciações psicológicas entre seus integrantes. E, embora o romance deva necessariamente ser condensado para caber na tela, algumas sequências importantes passam despercebidas ou são completamente esquecidas.
Ameaças aparecem e desaparecem de forma arbitrária e, enquanto o fim do filme se dedica a construir a antecipação para as derradeiras partes da série (sim, o último livro será dividido em dois longas!), você não sairá do cinema almejando pela sequência. E apesar de uma certa violência e tensão sexual (que inexiste nas concorrentes), falta audácia para tornar “A Série Divergente” uma franquia melhor.

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