Aliança do Crime

Lealdade é o atributo mais valorizado pela máfia e ser um delator é o nível mais baixo a que um mafioso pode chegar. Na primeira cena de Aliança do Crime, filme baseado em fatos reais dirigido por Scott Cooper (Coração Louco), vemos Kevin Weeks (Jesse Pleamons, de Ponte de Espiões) informar que ele não é um delator, que está apenas fazendo um acordo em troca da redução de sua sentença. O objetivo aqui é enquadrar James “Whitey” Bulger (Johnny Depp), o maior mafioso da região Sul de Boston, e um dos 10 fugitivos mais procurados pelo FBI.

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Bulger era apenas um violento criminoso de Boston até que Joel Edgerton (John Connolly, de Êxodo: Deuses e Reis), seu colega de infância e um agente em franca ascensão no FBI, lhe propõe um acordo: servir de informante para desbancar a máfia italiana. A proposta seria vantajosa para os dois lados, porém, por conta de sua imunidade, Bulger passa a reinar como o principal mafioso da região, expandindo também sua atuação para a Flórida e auxiliando o IRA.

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O roteiro é estruturado a partir de relatos dos detidos, e mostra toda a crueldade por trás das ações de Whitey e de sua gangue.

As interpretações, compostas por um elenco estelar, dentre eles Benedict Cumberbatch (de O Jogo da Imitação, interpretando o promissor senador Billy Bulger) e Dakota Johnson (de Cinquenta Tons de Cinza, no papel de Lindsey Cyr, mãe do filho de Whitey) são bastante consistentes, mas nada alcança a frieza do olhar que Depp confere ao mafioso – um respiro à sequência de personagens caricatos retratados pelo ator.

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Todos os elementos cinematográficos são caprichados – direção, roteiro, fotografia, trilha, atuações -, mas ainda assistimos ao filme com um certo distanciamento, talvez provocado pela perplexidade deste relato verídico e violento.

Nota:

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