O Ritual

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"O Ritual" falha miseravelmente como filme do gênero

O aviso vem logo no início, antes de qualquer ator entrar em cena: “Baseado em fatos reais.”

O longa acompanha a trajetória de Michael Kovak, seminarista cético e protagonista fraquíssimo, enviado pelo Vaticano a tornar-se aprendiz do padre-exorcista-não-ortodoxo interpretado por Anthony Hopkins, vindo a questionar sua fé, ciência e religião.

O filme tenta desenvolver uma atmosfera sinistra que jamais chega a ser envolvente, e em momento algum atinge o que o público esperaria de um filme do gênero. Peca terrivelmente ao caminhar demais para o lado religioso, bombardeando o expectador com sequências sobrenaturais tão absurdas que, não podemos esquecer, são supostamente baseadas em fatos reais.

Se vivêssemos em um mundo no qual precisássemos de filmes que abordam temáticas batidas sem qualquer inovação, O Ritual seria, sim, um filme satisfatório. Felizmente, não é o caso. E, cá entre nós, já vi gatos pulando antes e nunca me assustei com isso.

Não pode-se culpar Hopkins, ou até a queridinha Alice Braga, por não conseguirem valer a pena o ingresso; seus personagens são fracos, não aprofundados em nenhum momento, tornando a participação dos dois um completo desperdício.

Sem ritmo, o filme torna-se uma enorme bola de neve ao longo dos esquecíveis 114 minutos que tentam, de maneira falha, impor o sobrenatural como verdade absoluta, levando o expectador a questionar a sua própria fé (só que em filmes do gênero).

Ninguém gosta de ouvir a frase “Eu te avisei.” Por isso estou avisando agora.

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