Spiral: O Legado de Jogos Mortais

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Novo filme do universo de Jogos Mortais repete sua fórmula e foca na investigação dos crimes

Antes de começarmos, dá um play nesta música, por favor. Você achou que nunca mais ia escutar essa musiquinha? Que “Jogos Mortais: Jigsaw”, o filme número 82 (quer dizer, 8) da franquia ia ser a última vez que você ouvia falar do assassino serial Jigsaw e seus joguinhos para ensinar lições para pessoas malvadas? Ah, como eu e você, leitor, conhecemos bem franquias de terror e que elas não param nunca (vide “Halloween”, uma das minhas franquias preferidas, com o filme de número 13 previsto para estrear ano que vem), você, lá no fundinho, sabia que o nosso amado John Kramer (Jigsaw) e sua obra ia voltar de alguma forma ou de outra. Ainda mais quando estamos falando da série de filmes de terror de maior bilheteria de todos os tempos.

Neste filme, Jigsaw e sua obra são homenageados por um copycat killer, alguém que está imitando sua maneira de punir pessoas que merecem (segundo esses lunáticos) ser punidas. E o interessante deste filme é que apenas policiais considerados corruptos estão sendo punidos. Interessante se formos analisar os últimos acontecimentos nos Estados Unidos e no Brasil envolvendo conduta abusiva de policiais. Ou seja, o filme está tentando revisitar esses temas e trazê-los para uma análise. Mesmo que distorcida, pois ninguém recebe um julgamento justo em um filme de Jigsaw. Se o assassino entende que as pessoas são culpadas e precisam ser punidas, não tem conversa.

No restante, o filme segue basicamente a mesma fórmula: mortes horrivelmente sangrentas, que me fazemlembrar que alguns críticos da série consideram as cenas um pornô de tortura. Faz sentido… você sabe o que vai acontecer (a pessoa vai ser decapitada, ter os braços arrancados, etc.) e continua olhando, como se não conseguisse desgrudar os olhos da tela. Ou seja, querido leitor, eu e você vamos precisar de muita oração pra salvar nossas almas depois de ver mais um episódio dessa franquia. Destaque para a participação de Samuel L. Jackson como o pai do personagem principal, Ezekiel “Zeke” Banks (Chris Rock), um policial que denuncia o parceiro corrupto e é perseguido pelos colegas desde então. Chris Rock é um pouco-muito exagerado na sua atuação, mas quando você vê as cenas que você vê no filme, não tem como reagir de maneira diferente, o cara tá certo.

Bom, vale ver. Eu curto a franquia. Achei que o filme demorou a engatar, tem uma porção de coisas que não fecham (descaradamente), mas ok, terror. Nem sempre fecha, nem sempre é perfeito, mas entrega os sustinhos (dei vários pulos e fiz muita cara de nojinho), então tá valendo a pipoca e o tempo.

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