Sétimo Céu

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"Sétimo Céu": um clássico silencioso que desafia o tempo

Sétimo Céu é um daqueles clássicos do cinema mudo que merece ser lembrado por seu significado histórico, mas pode apresentar desafios para o público moderno. Lançado em 1927, o filme dirigido por Frank Borzage foi um dos primeiros indicados ao prêmio de Melhor Filme no que mais tarde se tornaria o Oscar. No entanto, a conexão emocional com a obra pode ser difícil para aqueles que não estão familiarizados com o estilo e a linguagem do cinema silencioso.

O filme se passa nas ruas de Paris durante a Primeira Guerra Mundial e narra a história de Diane (interpretada por Janet Gaynor), uma jovem que vive em condições precárias e trabalha como zeladora. Seu destino se entrelaça com o de Chico (interpretado por Charles Farrell), um soldado que se refugia no telhado do edifício onde Diane trabalha. À medida que a história se desenrola, os dois personagens encontram conforto um no outro, apesar das adversidades que enfrentam.

O filme é notável por suas sequências de melodrama e romance, que eram populares na era do cinema mudo. Janet Gaynor e Charles Farrell entregam performances apaixonadas, transmitindo a química e o afeto entre seus personagens de maneira convincente. A direção de Frank Borzage também é digna de elogios, capturando a atmosfera romântica e idealista da Paris da época.

No entanto, Sétimo Céu é um filme que carrega as características do cinema silencioso, o que pode ser um obstáculo para o público moderno. A ausência de diálogos falados e a dependência de expressões faciais e gestos podem parecer desafiadoras para espectadores acostumados com a narrativa contemporânea. Além disso, a trilha sonora, que acompanha o filme, é composta por músicas mais antigas que podem não ressoar com as sensibilidades musicais atuais.

Apesar dessas barreiras, Sétimo Céu é um filme que representa uma era do cinema que moldou as bases da sétima arte. Seu reconhecimento como um dos primeiros indicados ao Oscar de Melhor Filme é testemunho de seu impacto duradouro na história do cinema. Para os cinéfilos e entusiastas da história do cinema, Sétimo Céu é uma jóia preciosa que oferece um vislumbre cativante do passado e da evolução da linguagem cinematográfica.

Em resumo, Sétimo Céu é um filme que merece ser apreciado por seu valor histórico e artístico, embora sua estética e estilo possam representar um desafio para o público contemporâneo. É uma obra que nos lembra da beleza e da poesia do cinema silencioso, um período fundamental na evolução do cinema como o conhecemos hoje.

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