Por mais que o “Sherlock Holmes” de Robert Downey Jr. nunca diga: “elementar, meu caro Watson”. O sentimento e o estilo já famoso do detetive estão implícitos em todos os momentos do filme de Guy Ritchie.
Uma frase define o filme: uma aventura divertida e inteligente na Inglaterra Vitoriana. Londres é sujeira, criminalidade e andaimes. A ponte londrina está em construção, operários constroem navios às margens do rio Tamisa, bandidos assaltam cidadãos em becos escuros. O cinza e a fuligem estão lá. A cidade tem um sabor de expansão industrial rodeada por ilegalidades.
Em meio ao visual ultrarrealista dessa época, assassinatos ritualísticos com cinco mulheres chamam atenção do ‘modesto’ detetive Sherlock Holmes (Downey) e Dr. Watson (Jude Law) seu fiel escudeiro.
Ritchie, responsável pela nova visão do personagem, importa de seus longas anteriores o ritmo vertiginoso mesclado com bom-humor. Os combates são rápidos e furiosos.
Esta não é uma visão que nossos pais ou avós teriam do personagem. A força e vigor do personagem, bem como a ação de suas histórias foram restauradas para se ajustar ao poder de dedução dado a Sherlock por seu criador, Sir Arthur Conan Doyle. Talvez essa visão seja mais adequada ao século XXI. O que não deixa de ser uma boa ideia, afinal apresentar um personagem desse porte a uma nova geração, sempre é muito interessante.
Após o fim da projeção, resta esperar pela inevitável continuação. O gancho está lá…