Spotlight – Segredos Revelados

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"Spotlight - Segredos Revelados" traz à tona abuso sexual infantil dentro da Igreja Católica

Vivemos em um paí­s onde cerca de seis a cada 10 pessoas são católicas. Nos Estados Unidos, há uma predominância de protestantes, mas o catolicismo vem logo a seguir. E no mundo todo, cerca de 1 bilhão de pessoas possuem o mesmo credo. Spotlight – Segredos Revelados conta a história que chocou o mundo em 2002 com a revelação de abuso sexual sistêmico de crianças por padres e bispos na cidade de Boston, Massachusetts, colocando a imagem da Igreja Católica em maus lençóis.

Spotlight que no inglês quer dizer holofote, e no Brasil ganhou o subtítulo Segredos Revelados. Também é o nome de uma coluna de jornal formada por uma equipe investigativa de quatro repórteres do jornal The Boston Globe. Encabeçando a equipe, temos o editor Walter Robinson “Robby” -, interpretado por Michael Keaton, mais os repórteres Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams), Matt Carroll (Brian D’Arcy James) e Mike Rezendes (Mark Ruffalo). Acima de Robby, o editor-chefe adjunto Ben Bradley Jr. (John Slattery). E finalmente Martin Baron (Liev Schreiber), editor-chefe.

Tudo começa justamente com Martin, que chega em Boston para comandar e reformular o jornal, que passa por uma fase de transição (e portanto, de cortes na firma). Com um faro apurado, logo vê a oportunidade de uma grande história a partir de uma coluna recente de Eileen McNamara (Maureen Keiller) que indagava o porquê de o cardeal Bernard Law ter transferido o padre John Geoghan para novas paróquias após tantas acusações de abuso sexual contra ele.

A equipe de Spotlight vai atrás de Eric Macleish (Billy Crudup), advogado de uma firma de renome que entrega os casos das vítimas para Sacha e Robby, enquanto Rezendes vai por outro lado, atrás de um advogado que representava e defendia os casos das ví­timas, Mitchell Garabedian (Stanley Tucci). E assim vão descobrindo que o buraco é muito mais embaixo, que o número de padres envolvidos neste crime é muito maior do que se esperava e que a Arquidiocese manda sempre um advogado para fechar acordos com as ví­timas, prometendo o afastamento dos padres da paróquia, mas afinal apenas transferindo-os a outras.

Reunindo um elenco de ótimos atores com papéis bem interpretados, o filme acompanha toda a investigação pelos jornalistas, revelando fatos ainda mais chocantes. O ritmo não é acelerado, mas é extremamente intrigante, sem endeusar a equipe de jornalistas, que é constantemente lembrada que já possuí­a parte das provas, mas que não haviam dado atenção suficiente às mesmas. A reflexão fica a respeito do poder de instituições religiosas quanto à população, tanto o poder frente à Lei quanto o poder que exerce sobre as mentes das pessoas. O que essa equipe fez foi seu trabalho, investigar os fatos que estavam escondidos sob os narizes dos cidadãos da cidade (e de todos nós) e trazê-los aos holofotes.

Para quem quiser se inteirar mais sobre o assunto, leia sobre o caso que inspira o filme aqui e aqui. O Boston Globe ganhou o prêmio Pulitzer em 2003 pela série de reportagens a respeito do caso, então minha dica é: assista ao filme e veja o porquê de todo o burburinho desse filme para o Oscar, porque eu já estou preparando pipoca para assistir novamente!! Que filmaço!!

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