The Shift – O Deslocamento, do diretor Brock Heasley, apresenta na obra uma jornada épica desvendando o multiverso protagonizada por Kevin Carner (Kristoffer Polaha).
A trama gira em torno de Kevin, um homem comum que, após um misterioso evento, se vê deslocado para realidades paralelas. Em cada uma delas, sua vida toma um rumo diferente, obrigando-o a questionar suas escolhas e o próprio significado da existência. Essa premissa, inspirada na teoria do multiverso, abre espaço para reflexões filosóficas sobre destino, livre arbítrio e as consequências de nossas ações.
Desesperado para reencontrar sua esposa, Molly, ele embarca em uma busca desafiadora e perigosa através de mundos distópicos e desconhecidos. Enquanto luta pela sobrevivência e busca entender as razões por trás da intervenção de uma entidade misteriosa conhecida como O Benfeitor, Kevin se depara com dilemas morais e desafios cada vez mais complexos. Cada nova realidade alternativa apresenta obstáculos únicos, testando seus limites físicos e emocionais, e o confrontando com versões alternativas de si mesmo e daqueles que ama.
Ao longo dessa jornada multidimensional, Kevin embarca em um processo de autoconhecimento, buscando compreender quem realmente é e qual o seu lugar no mundo. Essa busca o leva a confrontar seus medos e traumas, descobrindo forças que jamais imaginou ter.
O filme se destaca pelos efeitos visuais caprichados, que transportam o espectador para as diferentes realidades visitadas por Kevin. A direção de Brock Heasley é competente e cria um clima de suspense e mistério que prende a atenção até a metade do filme.
Entretanto, The Shift – O Deslocamento não é um filme para todos os gostos. Sua narrativa complexa e ritmo acelerado podem desagradar a quem busca apenas entretenimento leve. No entanto, para aqueles que apreciam histórias que instigam a reflexão e desafiam os limites da nossa percepção, a obra se revela uma experiência instigante e gratificante, mas um pouco entediante de assistir por inteiro.