Como contar a mesma história, que já foi contada mil vezes, mas de maneira diferente? Bom, primeiro você precisa ser James “Dedos de Ouro” Cameron. Depois, basta colocar uma história de amor ardente, tipo Romeu e Julieta. E voilà!
“Titanic” é uma dessas histórias. Todo mundo tentou contar a história do navio inafundável que encontrou um iceberg e afundou, levando junto consigo, para o fundo das águas geladas do Atlântico, mais de 1500 pessoas. Mas do jeito que Cameron conta, só ele mesmo.
Na época em que foi lançado, Titanic levou hordas de pessoas ao cinema, com filas que dobravam a quadra. E em mais de 3 horas de filme pudemos acompanhar as desventuras desse jovem casal e um imenso navio afundando enquanto pessoas se jogavam das alturas. Assustador, fascinante, emocionante, de quebrar o coração. Todas as emoções percorrem o espectador durante o espetáculo que se abre diante de nossos olhos.
E falo espetáculo mesmo, porque é isso. Com cenários luxuosos que copiavam o navio original, maquetes em miniatura e um navio em tamanho gigante (que ao final foi quebrado e inundado e permitia apenas uma tomada), além de efeitos especiais bastante críveis (lembra que estamos falando da década de 1990). Além disso, temos lindos figurinos, muitos atores e extras. Um filme grande e expressivo, do tipo que nos leva ainda hoje ao cinema.
Voltando à história de amor, que historicamente não tem valor algum (Jack, vivido por Leonardo DiCaprio, e Rose, com a maravilhosa Kate Winslet, nunca existiram), o jovem casal é o motor do filme. Se o navio vai afundar ou não, só nos interessa saber se os dois vão ficar bem e juntos. E paro por aqui, pois se você ainda não assistiu o filme, e a vida ainda não te jogou spoilers de Titanic na cara, não vou ser eu a fazer essa crueldade.
Ah, vamos falar sobre a trilha sonora? Hoje em dia tem muita gente que nem consegue ouvir o comecinho de “My Heart Will Go On” sem enjoar como se estivesse no Titanic na noite em que afundou. Celine Dion deve ser uma das criaturas mais odiadas da face da terra depois disso. Reassisti o filme para escrever este texto e senti calafrios cada vez que a música tocava, naqueles momentos de romance entre Jack e Rose. Ainda funciona, no filme, ainda emociona. Mas se tocar na rádio, agora, juro que desligo.
Se vale a pena assistir? Sempre vai, nunca fica velho, está sempre fresco e cheio de vida. “Titanic” é sim uma obra-prima do cinema, e deve ser tratada como tal. E assistida. E celebrada. Aproveita que o filme está no Star+ e divirta-se <3