Três Tigres Tristes

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"Três Tigres Tristes": Uma jornada de autodescoberta em meio ao caos pandêmico

Isabella, Jonata e Pedro estão fechados em casa durante um fim de semana. Angustiados com a Covid-19 e as dificuldades financeiras, o trio decide sair pelas ruas de uma São Paulo distópica para espairecer. A caminhada permite conhecer muitos indivíduos em situação semelhante, provocando situações tragicômicas e fantásticas.

Três Tigres Tristes é um filme que consegue refletir os conflitos da juventude no contexto pandêmico de forma realista e irreverente. A direção de Gustavo Vinagre é segura e encontra o tom certo para cada momento da obra.

Os personagens de Isabella, Jonata e Pedro são bem construídos e representam diferentes facetas da juventude LGBTQIAP+. Isabella é uma estudante de enfermagem que luta para se manter financeiramente. Jonata é um jovem gay que está em conflito com sua identidade. Pedro é um homem trans que está tentando encontrar seu lugar no mundo.

O filme explora temas como amor, amizade, família, trabalho e identidade. A caminhada dos três personagens pelas ruas de São Paulo é uma metáfora para a jornada de autodescoberta que todos nós estamos fazendo.

A aparição da subcelebridade da internet é uma crítica à superficialidade da cultura digital. Os momentos musicais são uma forma de expressão artística que ajudam a quebrar a monotonia do cotidiano pandêmico.

A mudança de tom no encontro de Jonata com seu passado é o único ponto que, na minha opinião, atrapalha o filme. A cena é um pouco confusa e desconectada do resto da obra.
No geral, Três Tigres Tristes é um filme importante que merece ser visto. É uma obra que provoca reflexões sobre os efeitos da pandemia na vida de todos e que traz uma importante representatividade LGBTQIAP+.

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