A trama de Uma Família Extraordinária explora o amadurecimento de Bea Johnson (Kiernan Shipka de O Mundo Sombrio de Sabrina) desde o nascimento até a sua formatura, enquanto ela navega na vida com dois pais neurodivergentes tentando equilibrar os conflitos da adolescência, as atípicas situações que precisa enfrentar para cuidar dos pais com problemas intelectuais e uma grande família que não consegue chegar num acordo sobre qual é a melhor maneira de ajudar.
Com tudo isso ela fica indecisa se deve ou não ir embora de casa para cursar faculdade. Mas tudo muda quando Bea drasticamente entra em coma e apenas próximo ao encerramento do longa ficamos sabendo o que aconteceu com ela, diga-se de passagem que tal cena não agrega muito ao roteiro.
O longa assinado por Matt Smukler e selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Toronto, conta com um estrelado elenco cheio de grandes talentos que poderiam ser melhor aproveitados, como Alexandra Daddario, Brad Garrett e Jean Smart.
Inspirado nas experiências pessoais da sobrinha de Matt que foi obrigada a amadurecer muito cedo devido a tantos impasses, o filme foi lançado um ano após o documentário Wildflower (2020) do mesmo diretor, agora levado para a telona em forma de ficção.
Embora essa dramédia traga uma forte mensagem de amor e resiliência, em termos de originalidade não entrega muito devido a tantas histórias similares lançadas nos últimos anos. O roteiro do filme muitas vezes lembra A Familia Bélier (2014) ou a sua refilmagem No Ritmo do Coração (2021) e apesar do excelente elenco, peca na questão do enredo arrastado, mas mesmo assim é um filme gostoso de assistir. O humor funciona bem, entretanto às vezes é um pouco forçado e o que realmente salva o filme são as ótimas atuações de todo o elenco.
