Uma Promessa

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Primeiro sinal de que alguma coisa não vai bem? Falta de lágrimas em um drama. Ah, meu amigo, alguma coisa tá errada nessa hora, pois eu choro até vendo comercial de ração pra cachorro!
Bom, infelizmente, é isso aí. “Uma Promessa”, adaptação do conto “Carta de uma desconhecida”, do escritor austríaco Stefan Zweig, com Alan Rickman, Rebecca Hall e Richard Madden, além de direção do francês Patrice Leconte (primeiro filme dele em língua inglesa), deixa a desejar. Muito. As atuações estão ok, o ambientes, as roupas, tudo lindo. Mas faltou romance, minha gente. Tudo bem que em uma Alemanha pré-guerra as pessoas não podiam simplesmente admitir que não estavam mais a fim do marido, largar tudo e partir para uma nova paixão, mas, por favor, o filme exagerou um pouco. Chegou a ficar forçado.
Pra você ter uma ideia, os dois “amantes” chegam a morar na mesma casa, vão à opera juntos, agem como um casal, só que não. Ao mesmo tempo em que você acha que eles deveriam ficar juntos, você acha que talvez não role química alguma, ou que de repente eles não tão a fim mesmo. Vai ver eles curtem mesmo o lance da paixão platônica e ponto. Mas aí acho que faltou um diário, ou uma amiga confidente, pra gente ter uma dimensão dessa paixão. Porque do jeito que ela foi retratada, não convenceu, não inspirou.
Mas assim, é aquela velha história: vai ver por você mesma. Mesma, porque é melhor nem levar o namorado/marido/melhor amigo junto: eles vão querer te matar no final da sessão. Leva a avó, a tia, a mãe. Pelo menos elas vão ficar felizes de ver um filme com mulheres de vestidos bonitos tomando chá.

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