Mais uma comédia nacional chega aos cinemas brasileiros, agora trazendo Otaviano Costa estrelando seu primeiro protagonista nas telonas, narrando a história de Ulisses, um arquiteto no auge de seus 45 anos, com uma carreira consolidada no ramo, e uma vida estabilizada, que em meio a uma crise existencial, passa a questionar suas habilidades duvidando de sua vocação, o que o faz buscar um novo propósito de vida.
Inquieto e angustiado com o atual momento, o abastado arquiteto recorre aos ensinamentos de uma “coach vocacional” (Katiuscia Canoro) que promete encontrar a verdadeira vocação das pessoas, dando início a um enredo cômico, que nos faz refletir. Afinal, se tem algo que todo mundo faz uma hora, é se questionar sobre seu lugar no mundo, suas aptidões e capacidades em suas esferas de vida, como ser humano, profissional ou familiar.
Em busca por sua resposta, durante a sessão com a tal coach, Ulisses se vê em meio a um ritual, ingere um chá alucinógeno, perde a consciência, e ao recobrar a lucidez, se dá conta que caiu em um golpe, já que se vê literalmente sem lenço e sem documento. Inesperadamente, tentando se livrar dessa enrascada, Ulisses descobre que adquiriu um poder estranho, que com apenas um toque de suas mãos, consegue revelar a verdadeira vocação das pessoas.
Agora, o arquiteto imagina ter encontrado o seu verdadeiro propósito, e como vidente, abandona a carreira e ganha fama, com direito a fazer revelações em um programa de TV. O que ele não esperava era que o seu dom acabaria e que a fama de charlatão tomaria lugar do seu estrelato.
Dirigido por Rodrigo Van Der Put (Juntos e Enrolados) e roteiro de André Brandt (Compro Likes) e Gui Cintra (Gato Galáctico e o Feitiço do Tempo), o elenco também conta com Evelyn Castro, Jamily Mariano, Totia Meireles, Xuxa e muitos outros nomes de peso, e apesar de se tratar de uma comédia leve, traz em seu enredo questões que nos envolve no âmbito profissional, familiar e da nossa existência como seres complexos, trazendo reflexões. Porém, Vidente por Acidente não foge a mesmice da maioria das obras nacionais desse gênero, deixando o óbvio da família feliz para o fim, sem impedir de tirar boas gargalhadas do grande público.
