Uma Agente Muito Louca

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"Uma Agente Muito Louca" faz uma comédia previsível ao extremo

Só a popularidade de Dany Boon pode explicar a existência de Uma Agente Muito Louca, nova comédia do ator/diretor de A Riviera Não é Aqui. A popularidade de Boon se dá, sem dúvida, devido à sua decisão de se ater a uma fórmula testada e aprovada – um enredo simples e previsível que tem o intuito de atrair a toda a família.

No filme, Johanna Pasquali (Alice Pol) é a primeira mulher a se juntar ao RAID, um grupo de elite da polícia francesa. Eugène Froissard (Dany Boon) desaprova a entrada de Johanna no grupo, mas os dois acabam tendo que fazer uma dupla para parar a Gangue dos Leopardos. Antes de resolverem o caso, os dois precisarão descobrir como trabalhar juntos sem matar um ao outro.

Alice Pol, de Românticos Anônimos, faz de Johanna uma recruta desajeitada cheia de humor pastelão. Boon, que dirige seu quinto longa aqui, deixa a habitual loucura dos seus personagens para interpretar um oficial melancólico e machista.

Johanna falha miseravelmente em cada tarefa que lhe é dada, enquanto Eugène solta comentários machistas sobre a inadequação das mulheres para a força de elite e com esse subtexto o filme melhora um pouco.

Embora Boon tenha nitidamente tentado criar um papel feminista para Pol, o filme sofre com seu próprio personagem. Sempre que Eugène aparece o filme parece mudar de ritmo e se perder. O arco do personagem de Boon não agrega em nada e ele nem parece um real adversário para Johanna. Claro que ele diz coisas terrivelmente sexistas, mas ele nunca impede o seu trabalho.

Uma Agente Muito Louca é previsível, mas deve lançar a carreira de Pol para o estrelato, dado o sucesso do longa em seu país. É uma pena que o bom elenco coadjuvante tenha pouco material para trabalhar e o filme se afunde em sua incapacidade de entregar qualquer novidade.

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