Habitantes dos cantos escuros da internet…
Caminhe pelas ruas francesas dos anos 50, deleitando-se com uma cultura única, contemplando a arquitetura que remonta a períodos medievais, e experimente o mal em sua forma mais sombria, tudo isso em A Freira.
Variados eventos misteriosos ocorrem ao longo dos anos pela Europa, culminando na horrível morte de um padre na França. A Igreja Católica, desconfiando de que a entidade da Romênia tenha sobrevivido, busca mais uma vez a ajuda da Irmã Irene, para que ela enfrente novamente essa conhecida força do mal, pondo assim, um ponto final nessa história.
Aqui acompanhamos o desenvolvimento dos personagens sobreviventes, Irmã Irene e Frenchie, que seguem suas vidas de maneira cotidiana, buscando superar as consequências psicológicas dos eventos traumáticos que experimentaram anos antes, mas, que pelas amarras do destino, são unidos novamente, para derrotar o maior dos males que já enfrentaram.
Dividindo-se em dois núcleos centrados nos sobreviventes da história anterior, A Freira 2 sabe tratar bem os paralelos, tendo de um lado a Irmã Irene, que vive em um convento comum, sem que ninguém saiba da sua relação com os acontecimentos em que esteve envolvida. Ao passo que do outro lado temos Frenchie, que após viajar pela Europa, agora está trabalhando em um internato na França, lugar que tem uma boa relação com todos, especialmente com a professora Kate e sua filha, Sophie.
Mais uma vez temos um filme lindo, com fotografia impecável, e direção de arte bastante rica que nos coloca em um clima de perdição iminente, e muitas vezes claustrofóbico. Além disso, a ambientação, majoritariamente francesa na década de 50, é fantástica, pensada em cada detalhe, desde objetos maiores como belos carros e construções da época, os objetos de menor tamanho como roupas e acessórios, mas, também nos aspectos físicos e comportamentais, facilitando e muito nossa imersão na obra.
Além disso, o contexto religioso católico presente nesta sequência é interessantíssimo para os que apreciam filmes com essas características, abordando mais uma vez “relíquias religiosas”, com enfoque na história de Santa Luzia, também conhecida como Lúcia de Siracusa, importantíssima para o desfecho da obra.
A Freira 2 eleva o nível para outro patamar nos trazendo uma sequência melhorada em relação a tudo que funcionou no primeiro filme, e descartando o que não colou muito bem, sendo sobretudo mais voltado aos fãs do “Conjuring’verse”, já que trabalha o “Lore” mais a fundo para aqueles que são mais dedicados, mas, sem deixar a desejar em nada para os espectadores casuais, que apenas querem ter uma boa experiência com a obra.
A Freira, de 2018, foi a maior bilheteria do Universo de Invocação do Mal, devido não somente ao amor dos fãs pelos filmes, mas, também por toda qualidade intrínseca que o faz ser um bom filme (inclusive você pode ler a análise clicando aqui), e certamente a sequência tem potencial para ultrapassar essa marca, pois, é ainda melhor.
Quer também vai viver essa experiência?
