Que Keanu Reeves e Patrick Swayze formaram uma bela dupla nos anos 90 não é novidade, a estreia de Caçadores de Emoção foi um grande sucesso e a refilmagem lançada agora não fica para trás de maneira alguma. O novo filme tem a história original como base, os personagens tem os mesmos nomes, a perseguição policial se manteve, e os lados “mocinhos e bandidos†também estão lá. Porém, o curso que a nova versão seguiu é muito mais profundo, talvez justamente pela adaptação para dias atuais.
Utah (Luke Bracey, de O Melhor de Mim) é um jovem atleta radical que interrompe sua carreira após um trágico acidente com um amigo. Ele decide entrar para o FBI e lá consegue um voto de confiança para perseguir uma gangue de bandidos incomum. Eles não só roubam e distribuem imensas somas de dinheiro como o fazem sem deixar rastros, usando técnicas incrÃveis que desafiam o impossÃvel. Utah reconhece neles as mesmas habilidades que ele possui como atleta e traça uma estratégia para prendê-los. Mas é perseguindo o inimigo que o policial tem sua própria vida resgatada.
Enquanto no primeiro filme os ladrões são meramente ladrões, em Caçadores de Emoção – Além do Limite temos o melhor tipo de vilão: aquele pelo qual quase deixamos de torcer para o herói tão bons e convincentes são os argumentos e justificativas para os atos que ele pratica. Bodhi (Edgar RamÃrez, de O Ultimato Bourne), conquista a todos com seus ideais de irmandade e busca por uma conexão com a natureza, além dos sentimentos imbatÃveis de devoção e reciprocidade. Inclusive, o cenário e a fotografia foram utilizados com muita ênfase e são a chave para o sucesso do filme, pois personagens com ideias tão grandiosas tentam se colocar a altura da magnitude de ondas e cadeias de montanhas. É ou não é um ótimo enredo?
Outro detalhe que deixou o longa muito bem montado foi a ótima filmagem das cenas dos esportes radicais. As locações em que elas foram praticadas incluem onze paÃses em quatro continentes diferentes, além da tela verde para as mais extremas.
Quanto aos atores, quando não estão em cena, a equipe de diretores reuniu os melhores atletas de surfe, escalada livre e outros esportes para desempenhar as manobras. Na cena do salto de paraquedas por exemplo, havia o suporte aéreo para as filmagens e também câmeras que pularam junto com os “atletas-atoresâ€. E antes que qualquer coisa pudesse ser feita, houve um treinamento para que todos estivessem no ar juntos sem bater uns nos outros.
A todos que se aventurarem, essa é uma sessão que promete tirar o fôlego e dar aquele arrepio na espinha. Segure a pipoca e não tire os olhos da tela.
Nota:
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