Conspiração e Poder

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O que é a verdade nos dias de hoje? O que é relevante em um momento que antecede a eleição do Chefe de Estado do país mais influente em escala global? Qual o papel de um jornalista face a um possível furo jornalístico? Quais as perguntas a serem feitas?
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Conspiração e Poder, que no original se chama Truth (Verdade), é um filme que engloba esses três conceitos. Estamos diante de um suspense investigativo, ao estilo de Spotlight – Segredos Revelados, o ganhador do Oscar, mas também com uma abordagem muito diferente. Enquanto em Spotlight ficava claro quem estava certo, aqui temos uma luta entre imprensa e poder no mais alto escalão e parcialidade no ponto de vista.
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O filme conta o episódio em 2004 quando Bush (Jr.) estava disputando a presidência com John Kerry e a equipe formada por Mary Mapes (Cate Blanchett), Mike Smith (Topher Grace), tenente-coronel Roger Charles (Dennis Quaid) e Lucy Scott (Elisabeth Moss) produziu uma matéria no programa 60 Minutes apresentada por Dan Rather (Robert Redford), seu âncora, expondo uma dúvida sobre a veracidade do passado de Bush na Guarda Nacional – se ele havia tido tratamento especial por parte da influência política de sua família, o que afetaria a integridade e o caráter do candidato.
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A trama começa na véspera das eleições, em novembro de 2004, momento em que Mapes já havia sido banida dos estúdios CBS, e está explicando seu caso para o advogado. Então começamos a ver, cronologicamente, toda a história por trás da matéria, desde a suspeita inicial até as acusações de falsas evidências coletadas pela equipe, a manipulação para jogar a culpa em outras pessoas, por parte da emissora, com a qual a equipe e o âncora pareciam não compactuar. É uma trama alucinante, que dramatiza o lado da equipe, o elo mais fraco que pode ter sido vítima de uma conspiração de corporações e políticos com interesses próprios.
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Lembrando que o filme é baseado no livro que Mary Mapes escreveu para contar sua versão dos acontecimentos que cercam o episódio que levou a sua demissão e ao afastamento de Dan Rather do cargo que ocupou por cerca de 40 anos, continua sendo um ótimo filme de suspense que nos deixa com o coração na mão em alguns momentos. Vale muito a pena assistir, principalmente a Cate Blanchett e a Robert Redford, que teve a célebre atuação como repórter investigativo em Todos os Homens do Presidente ao lado de Dustin Hoffman, aqui por sua vez sendo possível vítima de uma conspiração dos poderosos.
Nota:

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