Quando descobrem que a mãe (Glenn Close) sempre mentiu para eles a respeito de seu pai biológico, os irmãos gêmeos Kyle (Owen Wilson) e Peter (Ed Helms), que não têm nada em comum, decidem cruzar os Estados Unidos em busca do genitor que tanto sonharam conhecer.
Um filme com dois irmãos que realmente não tem nada a ver, mesmo! E o fato de serem gêmeos não faz nenhum sentido, pois esses dois não têm conexão alguma, aliás a maior parte do filme fica longe disso. Mas ao se colocar gêmeos nos papeis principais, ao menos se esperava uma conexão entre eles, ou que algum completasse o outro, e esse segundo ítem o filme até tenta forçar como existente, mas não convence.
No inicio da jornada em busca do pai, nem parece ao menos que os personagens estão interessados em compartilhar a viagem. Na verdade, faltou argumentação para convencer que qualquer um dos dois queria fazer esse percurso, consequentemente bem menos de que era o real sonho dos dois. Um vive uma paternidade frustrada, sendo pai do típico adolescente sem noção, e o outro parece ser egoísta demais para poder se preocupar com qualquer ser no mundo que não ele mesmo.
Correndo Atrás de um Pai é um filme cheio de pequenas histórias e muitas cenas, uma premissa básica da atual comédia americana, mas por conta disso se torna cansativo e maçante. Sempre com alguma piada montada e pejorativa, o filme não traz nada de novo nesse sentido. E a longa viagem se torna uma espécie de vídeo institucional das estradas americanas.
Por mais que sejam forçados, os personagens sofrem uma virada, e depois dela o filme se torna mais dinâmico e levemente interessante. Como toda viagem, o mais importante é muito mais o percurso do que o ponto de chegada, mas nesse caso o horizonte merece ser bem apreciado e chega até a surpreender em poucos momentos, mesmo ficando só no estereotipo de comédia forçada.