Se alguma vez você já se perguntou como funciona a mente de alguém que vive em situação de guerra, seja por vontade própria ou não, este filme se propõe a responder à pergunta.
De um lado, temos Aleksei, um homem que abandona seu país de origem, Belarus, para se juntar à Legião Estrangeira, e assim conquistar cidadania francesa. Por outro lado, temos Jomo (Morr Ndiaye), um líder revolucionário que vive em Delta do Níger e luta contra empresas petrolíferas que ameaçam sua vila. Apesar dos ímpetos tão distintos que guiam cada um, o caminho dos dois homens acaba se cruzando, e as consequências desse encontro mudam não só o curso da história como a vida deles de forma completa e definitiva.
Apesar da temática enérgica que parece envolver o longa, ele não prende o espectador desde o começo.
Há com certeza algo muito interessante na ilustração do imaginário e delírios dos personagens, mas a ficção se mostra um pouco mais bagunçada do que o necessário.
Mesmo assim, a direção de arte e escolha dos atores foi muito assertiva. Os enquadramentos escolhidos, a forma como a câmera se movimenta em algumas cenas escolhidas a dedo, nos coloca quase dentro de um sonho (ou pesadelo), o que torna essas partes do filme bem imersivas.
E no que diz respeito aos atores e atrizes, cada um se mostra adequado ao seu personagem, como se secretamente cada um tivesse um ponto verdadeiramente em comum com eles.