Duna: Parte 2

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"Duna: Parte Dois": O épico cinematográfico alcança novos patamares

Finalmente, o tão aguardado segundo capítulo da adaptação cinematográfica de Duna, de Frank Herbert, chegou aos cinemas e não é mais spoiler nenhum dizer que o filme é uma obra-prima, assim como 97% da crítica mundial concorda plenamente sem disfemismo nenhum. Tive o privilégio de assistir essa preciosidade a convite da Warner Bros em toda sua magnitude em uma tela Imax e recomendo demais a experiência de som impactante que atravessa o corpo e causa sensações.

A estreia da superprodução épica de ficção científica precisou ser adiada por causa da greve dos atores e roteiristas de Hollywood – que chegou ao fim em novembro do último ano.

Na trama dessa segunda parte do épico, filmada em locações em Budapeste, Abu Dhabi, Jordânia e Itália, Paul Atreides, junto com Chani e os Fremen (população de Arrakis que vive no deserto), busca vingança contra os conspiradores que destruíram sua família na primeira parte. Ele enfrenta uma difícil decisão entre o amor de sua vida e o destino do universo, enquanto tenta impedir um futuro terrível que só ele pode prever.

Nesse LONGA, com letra maiúscula mesmo, pois são quase três horas de maravilhas cinematográficas, o diretor canadense Denis Villeneuve nos contempla com visuais deslumbrantes e sequências de ação emocionantes.

O desenvolvimento dos personagens é envolvente, explorando suas motivações e conflitos internos, com destaque para o protagonista Timothée Chalamet como O Messias de Duna, encerrando o arco de um Paul Atreides muito mais maduro e imponente nessa sequência. Rebecca Ferguson, Zendaya, Josh Brolin, Javier Bardem, Stellan Skarsgård, Florence Pugh, e Christopher Walken também estão todos perfeitos em seus determinados papéis. Austin Butler está a cara da maldade, incorporando um dos melhores vilões dos últimos anos na minha opinião. E como se não bastasse, ainda temos uma participação especial de Anya Taylor-Joy!

Alguns apontam o ritmo lento em algumas partes como um defeito, mas o ritmo é perfeito para contar a história sem confundir o espectador. Se você curtiu a primeira parte (leia nossa crítica aqui), você vai amar Parte Dois, mas se você não gostou do primeiro filme, vai ao menos gostar do segundo.

A fotografia e os efeitos visuais são ainda mais impressionantes que no primeiro filme, com destaque para as cenas grandiosas no deserto de Arrakis, com uma imagem tão esmagadora do deserto, que te engole ao mesmo tempo que fascina. A sequência também oferece mais ação e aventura do que o primeiro filme, com sequências de batalha eletrizantes, tangíveis e bem coreografadas, lembrando muito a transição do primeiro para o segundo O Senhor dos Anéis.

O terceiro ato do filme é colossal e termina em um momento crucial, deixando o público ansioso pela próxima parte. Em geral, Duna: Parte Dois é um filme épico, fantasioso, político religioso, audacioso e ameaçador que consolida a visão de Denis Villeneuve para a obra de Frank Herbert e expande o universo de forma grandiosa e íntima ao mesmo tempo, do jeito que um ambicioso blockbuster deve ser. Foi no deserto de Arrakis que o diretor encontrou sua mina de ouro — ou especiaria. Creio que David Lynch irá concordar…

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