Fallen

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“Fallen” tem potencial desperdiçado

“Era Uma Vez…”, essa é a introdução de muitas das histórias que já ouvimos e pensamos conhecer há tempos. Fallen é mais uma dessas histórias e, a princípio, parece estar sendo recontada sem nada de novo.

No filme, responsabilizada pela misteriosa morte de seu namorado, Lucinda Price (Addison Timlin, de Irmã) vai para um reformatório, Sword & Cross (Espada & Cruz). Lá, ela se aproxima de Daniel Grigori (Jeremy Irvine, de Stonewall: Onde o Orgulho Começou), sem saber que ele é um anjo apaixonado por ela há milênios, e também não consegue se manter afastada de Cam Briel (Harrison Gilbertson, de Need for Speed: O Filme), outro que luta há tempos por seu amor.

Você já viu filmes com anjos caídos, seja Cidade dos Anjos ou até mesmo Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, que inclusive almeja o mesmo público de Fallen. Então qual a novidade deste filme? Nenhuma.

O filme, que deseja ocupar o invejável sucesso do péssimo Crepúsculo, tem os elementos que fizeram da série de vampiros um sucesso comercial. Fala diretamente com os adolescentes que já são fãs da obra original de Lauren Kate. Uma garota com cara de boazinha, vai parar em um lugar alheio à sua vontade, encontra pessoas do bem e do mal e acaba topando com um belo rapaz com o qual ela sente uma inegável conexão. Mas é claro que um rival vai atrapalhar tudo.

Há possíveis paralelos que se possa fazer com Harry Potter por Lucinda ir parar numa escola/reformatório onde alguns alunos possuem poderes especiais. A semelhança aumenta um pouco quando uma professora de religião, a Srta. Sophia (Joely Richardson, de Snowden: Herói ou Traidor), que é quem explica os detalhes místicos da trama, ganha importância. Mas para por aí, apesar de um visual meio gótico ser algo que ambas as séries tem em comum.

A direção de Scott Hicks (Um Homem de Sorte) é burocrática e extrai interpretações pífias de um elenco pouco inspirado, embora chame atenção com o visual.

Em suma, Fallen tem um potencial desperdiçado, é mal desenvolvido e tudo que ele mostra acontece muito rapidamente visando apenas chegar na sequência, que dependerá de seu sucesso imediato. Um erro! Porque do jeito que este primeiro foi feito, pode ser que não haja possibilidade para a almejada continuação. Veremos, esperando que a coisa toda melhore no segundo capítulo!

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