Game of Thrones – 6ª Temporada

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Entender Game of Thrones é a mesma coisa que tentar entender um planeta desconhecido, desvendar tudo que por lá acontece, junto com seu histórico cultural, polí­tico, mí­tico e tudo mais. O mundo de uma das série mais assistidas pelo mundo, é complexo, e quem tenta embarcar nessa jornada pelo meio, vai se perder com tantas ligações, famílias, inúmeros personagens e detalhes. O pano de fundo é cercado de subtramas que não necessariamente se cruzam, mas que fazem parte do mesmo mundo. A história é separada por reinos, ou casas e jogos familiares pela tomada dos tronos. São chantagens, mortes, abusos e magia que ajudam os personagens a sobreviver e conquistar novos povos e terras.


A sexta temporada, tenta focar em assuntos não resolvidos e em desenvolvimentos de personagens em crescimento, já que a produção se aproxima do final, com apenas mais duas temporadas anunciadas. Jon Snow (Kit Harington), que foi morto no Último episódio da quinta temporada pelos seus irmãos da Patrulha da Noite, volta a vida pelas mãos da mulher de vermelho, Melisandre (Carice van Houten), que guarda muitos mistérios, principalmente o da sua verdadeira imagem, que não é a de uma mulher bonita e jovem. Seu colar de ruby, a mantém dessa forma e é desconhecida a sua idade. A feiticeira também usa seus poderes, mas não sabe muito bem como eles funcionam e suas tentativas são de pura sorte. Ganho para Snow.


Outro filho da casa Stark retorna para essa temporada. Bran Stark (Isaac Hempstead Wright) e os outros personagens como Hodor e o corvo de 3 olhos, estão presos dentro de uma árvore e passam os dias para se proteger dos gigantes de gelo. Bran, tem visões do passado que se manifestam esporadicamente e mostram acontecimentos inéditos na série que foram apenas mencionados ou que é de entendimento da gênese dos personagens, ajudando e muito a narrativa da trama. Isso gera uma especulação de seu poder em alterar o passado e o futuro com a sua presença invisível nos acontecimentos. Já Arya Stark (Maisie Williams), irmã de Bran, Sansa (Sophie Turner) e Jon Snow, desobedeceu a ordem do homem bom que a treinava e foi condenada a cegueira e ficou perambulando pelas ruas de Braavos, nesse momento ela é desafiada pelos homens sem rosto.


Seguindo o lado fantástico dos contos da Terra Média e de jogos de RPG, Game of Thrones também mantém sua veia polêmica, uma das assinaturas das produções originais do canal HBO. O programa consegue emocionar, enfurecer e deixar o público em êxtase completo, mas com cenas que a gente já consegue prever, como as mortes, que são muitas e também estão presentes nos livros que originaram a série. Praticamente em todo episódio algum personagem morre, e essa é uma das vantagens de se ter um elenco enorme. Outros pontos fortes como a tomada de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) em cima dos Drogo, são os chamativos da série, e são sim, momentos incríveis para manter a trama em alta.


Essa também foi a temporada de vingança de Cersei (Lena Headey) contra toda a cidade que a humilhou num jogo polí­tico que no final deu certo para ela. A conquista da vilã pelo trono de ferro deve prometer muito terror no reino no futuro. Ela também deve aguardar muita disputa pela coroa por personagens que provavelmente vão se aliar e avançar uma casa nesse jogo dos tronos.


Poucas séries de TV conseguem reproduzir em escala máxima suas cenas de batalhas, que muitas vezes ficam na imaginação, mas os ataques dos dragões de Khaleesi e a batalha dos bastardos próximo do final de temporada, entregam cenas, coreografias e efeitos com qualidade de cinema, tornando o episódio, que por si só é uma parada obrigatória na frente da TV, num evento. Com um quinto ano muito parado e que deixou a ação guardada para o final, a sexta temporada não economiza nos acontecimentos e adianta muito da história que foi enrolada pelos anos anteriores. A luta pela sobrevivência e o acúmulo de inimigos fazem a série ficar cada vez mais interessante. Em meio a tantas teorias e presunções de quem vai se tornar o quê, a série caminha num bom sentido de prender a narrativa com revelações chocantes e usar momentos épicos e personagens queridos como instrumentos de mexer o emocional da platéia

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