E se Casanova encontrasse Drácula? Esta é a proposta do filme experimental História da Minha Morte, dirigido por Albert Serra (Cuba Libre), um projeto fantasioso que mostra seu apelo no papel, mas não consegue empolgar na transcrição para a tela.
O teste de paciência que é assistir a produção franco-espanhola falada em catalão, encantou crÃticos mundo a fora, mas deixa seu público entediado, perplexo e confuso, com uma perspectiva muito teatral para um filme, mesmo que experimental.
Na trama, Casanova (Vicenç Altaió) é um Marquês já de certa idade que sempre anda acompanhado do seu servo e é conhecido por suas conquistas sexuais. Ele acabou de chegar em uma pequena aldeia de camponeses cercada por florestas, onde misteriosamente encontra o Conde Drácula (Eliseu Huertas). Localizado em algum lugar entre os séculos XVIII e XIX o filme mostra personagens mitológicos em estranhos e eróticos ambientes.
A entrada do Conde Drácula no filme, que só é identificado como tal nos créditos finais, deve ser a mais errônea na história do personagem nos cinemas. Ele entra na trama com pouco mais de 80 minutos (sendo que o filme possui 150 minutos de duração), em plena luz do dia, em uma cena que não evoca em nada o que conhecemos do personagem.
Lento em se movimentar e de temperamento sombrio, Drácula é apresentado como o oposto de Casanova. Mas nem isso salva os 45 minutos de cenas “estáticas” na SuÃça que te tiram a atenção no começo do filme e te desmotivam a chegar ao seu final.
É como se o filme estivesse entorpecido. Enquanto Nosferatu (1979) mostra um Drácula poderoso, Serra consegue sugar todo o sangue desse mito imortal lendário e entrega uma pálida versão do personagem.
Nota:
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História da Minha Morte
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