O filme Lobisomem, dirigido por Leigh Whannell, de O Homem Invisível, apresentou uma abordagem inovadora e intrigante sobre uma criatura lendária que já foi explorada inúmeras vezes no cinema. Ao invés de se ater aos clichês do gênero, o longa busca aprofundar a psique do protagonista e explorar os dilemas morais que surgem com a transformação.
Whannell demonstra seu talento para criar uma atmosfera carregada de tensão e suspense, deixando o espectador grudado na poltrona. A fotografia e a trilha sonora contribuem para a imersão na história.
O elenco entrega performances convincentes, especialmente o ator principal que encarna a angústia e a confusão do personagem. O filme vai além da mera transformação física, aprofundando-se nos traumas e medos do protagonista, o que torna a narrativa mais complexa e interessante.
A maquiagem e os efeitos visuais são impressionantes, transformando o lobisomem em uma criatura aterrorizante, mas não muito inspirada.
Apesar de uma premissa promissora, o roteiro apresenta alguns momentos previsíveis e algumas pontas soltas que poderiam ter sido melhor exploradas. Na verdade, a primeira hora do filme é muito boa, mas depois vai perdendo a inspiração. O filme oscila entre momentos de grande tensão e outros mais lentos, o que pode desagradar alguns espectadores.
Concluindo, Lobisomem é um filme que poderia ter sido melhor. Embora não seja perfeito, o longa se destaca pela atmosfera densa e pela exploração psicológica do protagonista. Mas é muito inferior ao seu excelente O Homem Invisível, tanto que não dá pra crer que são do mesmo diretor.