Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo

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O mundo do esporte costuma trazer muitas histórias de superação. Alguns atletas vencem a pobreza para conseguir treinar e competir, outros vencem lesões ou até deficiências, mas a maioria absoluta tem mesmo é que superar a si mesmo para conseguir vencer, como foi o caso de José Aldo Júnior, campeão mundial de MMA retratado no filme “Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo,” dirigido por Afonso Poyart (“2 Coelhos” e “Presságios de um Crime”).

A história é meio romantizada, lógico, mas qual história esportiva que passa para o cinema não é? Ela conta como Júnior (interpretado por José “o que é aquela barriga” Loreto), com muita força de vontade e desejo de vencer, foi de Manaus para o Rio e, apesar da situação precária, conseguiu treinar e se tornar um campeão mundial da UFC (o bom é que todo mundo conhece o cara, então não estou dando spoiler!). E o filme mostra sua problemática família, com um pai (Jackson Antunes) alcoólatra que bate na mãe (interpretada por Claudia Ohana), e um Aldo que começa a seguir os passos do pai, ameaçando depois a namorada, Viviane Oliveira (interpretada por Cléo Pires). E também mostra as etapas que o lutador teve de enfrentar, incluindo um regime de treinamento intenso, para chegar onde chegou.

Este filme funciona de tantas maneiras que o resultado é surpreendente. Uma pessoa desavisada pode pensar, “putz, filme sobre luta, MMA, UFC, não curto, não é legal, não entendo nada.” Mas não! Vemos diversas lutas nas quase 2 horas de filme (sim, 1h55!), mas elas não são o foco, que fica por conta da vida do lutador. E da maneira como a história é contada, com seus dramas, paixões, aventuras, vitórias, você acaba tão envolvido que até esquece que o tal do Aldo é um lutador de MMA. Ele está mais para um cara normal, com uma família como muitas nesse Brasilzão, lutando para conquistar algum sonho.

E apesar da história ser contada linearmente, Poyart dá um jeitinho de manter você focado na telona até o fim. Isso porque ele vai nos alimentando com a biografia de Aldo aos pouquinhos. Ele não conta tudo de uma vez, e guarda os pedaços mais saborosos do bolo para o final. Além disso, vale destacar que as atuações estão excelentes (destaque para o Josè Loreto, lógico, e para o Rômulo Arantes Neto, que arrasou!) – com exceção do Rafinha Bastos, totalmente dispensável, por favor!

Então bora chamar a família inteira, pois este é o tipo de filme que agrada a mãe, a vó (cobre os olhos dela na hora que o cara for dar um chute!), os tios, o vizinho, todo mundo! Bora prestigiar o cinema nacional, que anda arrasando. 😀

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