Maria – Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos

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A vida e obra de Maria Martins no documentário "Maria - Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos"

Maria – Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos revisita a vida e obra de Maria Martins (1894-1973), uma escultora, gravurista, pintora, desenhista e escritora, conhecida principalmente pelo seu talento aproximado ao surrealismo. Através de entrevistas, o longa apresenta parte da trajetória de Maria desde seus estudos na Europa com Oscar Jespers, em Bruxelas, e sua relação amorosa e artística com Marcel Duchamp, quando foi erradicada nos EUA.

Um documentário bem diferente, que através de entrevistas (algumas delas feitas por Malu Mader) com conhecedores da sua obra, familiares e críticos artísticos conta a jornada de vida de Maria Martins uma mulher que foi pioneira para o seu tempo. O que tratamos por diferente no filme fica por conta das interpretações de seus textos e reflexões de suas obras, feitas divinamente por Lúcia Romanos e Celso Frateschi. Um salve para o momento em que Lúcia, interpreta dois papéis Maria Martins sendo entrevistada por Clarice Lispector, é divino assistir esse momento.

Maria tinha a capacidade de viver o momento sem se preocupar com o que era ditado de moral ou costume na época, se divorciou em plena década de 20, o que a fez perder a guarda de sua filha.

Se apaixonou, casou novamente, saiu do país e foi sua jornada pelo novo mundo que a fez retratar sentimentos através da escultura. Em suas peças, ela não vê problema algum em retratar a nudez e a verdadeira realidade do sagrado feminino. A artista queria retratar a necessidade que toda mulher tinha para a liberdade, serem humanas de verdade e não mais bibelôs e objetos.

Viveu muito tempo fora, chegou a ser radicada em outro país, mas nunca esqueceu de deixar claro de onde vinha, através de algumas de suas obras, traços tropicais eram claramente notados.

Veio para o Brasil na condição de artista na expor na Bienal de São Paulo, algum tempo depois de já ser muito conhecida no exterior através das suas obras e exposições. Maria foi a frente do seu tempo porque aproveitou sua condição social e política (esposa de embaixador) para mostrar que a mulher pode e deve ocupar seu lugar na sociedade.

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