Mercuriales

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"Mercuriales" consegue imprimir um clima de cinema verdade misturado com ficção científica

O francês Virgil Vernier, diretor de “Mercuriales”, conseguiu imprimir em seu recente longa-metragem um clima de cinema verdade misturado com ficção científica. Essa mistura, no entanto, não deverá agradar ao público mais acostumado a filmes de narrativas fáceis e descomplicadas.

O filme retrata um tempo ficcional específico em uma Paris tomada por camadas de violência e simbolismos. Visualmente, o filme é estonteante e consegue transmitir ao público uma gama de sensações, muitas delas difíceis de explicar. Essa dificuldade de assimilar detalhes, tanto na trama quanto no mundo construído por Vernier, transforma o filme em uma obra mais de emoções do que de reflexões.

A trilha sonora chama bastante a atenção, reforçando ainda mais a atmosfera sepulcral de “Mercuriales”. A fotografia minimalista se mescla bem com a música, conferindo um ar de arquivo documental ao filme.

Talvez a única coisa que possa incomodar na película, falando agora especificamente para quem gosta desse tipo de obra, é a falta de foco nas histórias que são contadas. Em alguns momentos, podemos ter a sensação de não chegar a lugar nenhum. Entretanto, esse incômodo pode significar qualidade e não defeito, dependendo do repertório e das experiências narrativas de cada um.

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