Os 7 de Chicago

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Mais um filme de tribunal concorrendo a Oscar? Confira porquê "Os 7 de Chicago" merecem levar a estatueta!

Se existem dois lugares em que contar uma história sem poupar nenhum detalhe consiste em algo extremamente importante é no cinema e no tribunal, e o longa Os 7 de Chicago faz as duas coisas tão bem que não à toa concorre ao grande prêmio dos cinemas.

Ser julgado por seus atos pode não parecer uma trama muito original para um longa, afinal, a lista dos que seguiram pelo menos caminho é extensa, mas e quando os protagonistas nem se conhecem muito bem e mesmo assim são convocados? Ou ainda, quando um deles só esteve no evento que os levou a julgamento somente por 4 horas? O levantamento dessas questões nos primeiros minutos do filme aliado a cortes rápidos de cenas que mostram apenas sua movimentação em prol de um protesto pelo fim da Guerra do Vietnã, é o primeiro motivo que prende o espectador à tela, e os outros são tão bons quanto.

Tom Hayden (Eddie Redmayne) e Rennie Davis (Alex Sharp) são líderes estudantis, Abbie Hoffman (Sasha baron Cohen) e Jerry Rubin (Jeremy Strong) fazem parte do grupo yippies, David Dellinger é como um líder comunitário a favor da resolução de conflitos por condutas não-violentas, e Bobby Seale (Yahya Abdul-Mateen II) é o co-fundador do Partido dos Panteras Negras. Eles formam o grupo alvo das investigações que são reveladas ao público conforme cada um tem a oportunidade de se dirigir à corte e responder perguntas. A postura de cada um é única, e os atores conseguiram realçar as personalidades tão diferentes que cada personagem tem. Esse fator, unido a uma trama bem amarrada, fazem desse um filme realmente interessante que só não é ainda melhor por conta do drama e patriotismo americano que sempre parecem desmedidos.

Por outro lado, o cenário da história pode ser o de algumas décadas atrás, mas o diálogo que se propõem (infelizmente) se manteve atual e vai cativar o público de qualquer lugar do mundo. No fim, é isso que faz valer a briga pela estatueta, mostrar a todos que estiverem dispostos a ouvir e assistir, que algumas questões não devem passar em branco nem serem esquecidas, mas sim tratadas com respeito, justiça e dignidade.

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