Já morei em São Paulo e até alguns anos atrás falava Sampa, mas percebia que ninguém mais falava esse apelido carinhoso. Então é com surpresa que vejo o apelido no tÃtulo de Uma Noite em Sampa.
O filme começa com uma turma de pessoas em excursão em Sampa, voltando de uma peça no teatro Ruth Escobar. Mas qual não é a surpresa de Eugênia (Flávia Garrafa), a guia da excursão, e de todos os outros, quando chegam ao ônibus e ele está fechado? Vêm os créditos iniciais e afinal estão sozinhos em uma rua no meio de São Paulo, no escuro.
Aà começa a riqueza de personalidades do filme, em meio a uma situação inusitada, que não foi planejada: aparentemente o motorista adormeceu/morreu e agora estão trancados para fora do ônibus, no meio de uma rua escura de São Paulo. Com um agravante: todos os celulares estão trancados dentro do veÃculo, pois Eugênia havia pedido a eles, tudo para evitar o constrangimento de alguém atender o telefone no meio da peça.
Sem comunicação e com medo, começam as ofensas, as cobranças, as análises das possibilidades que têm diante de si. Temos um policial que não diz para ninguém que o é, acompanhado por uma moça meio paranoica. Uma mãe cega com sua filha que não a deixa sozinha por um minuto. Vários casais, alguns mais espalhafatosos do que outros.
O mais curioso é que, dentre esses personagens, temos manequins. É, isso mesmo, manequins como se fossem personagens. Eles não falam, mas são maridos, esposas, que ouvem os lamentos de seus respectivos. Mas a razão de estarem ali você só fica sabendo no final do filme, que é muito divertido. Não deixem de assistir esse filme. Uma hora de duração passada assistindo estereótipos e pessoas em uma situação que foge ao seu controle, o que sempre gera reações interessantes, principalmente nessa pauliceia desvairada.
Nota:
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Uma Noite em Sampa
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